Blocos de rua comandam carnaval do DF com orçamento de R$ 2 milhões
Ao todo, receberão recursos 45 agremiações que desfilam pela cidade, entre os tradicionais e os conhecidos como alternativos
atualizado
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Sem negar a crise financeira do GDF, a Secretaria de Cultura informou que serão investidos R$ 2 milhões no carnaval deste ano. Desse total, R$ 1,5 milhão vão para os 45 blocos de rua — 7 tradicionais e 38 alternativos. Ao todo, são 118 blocos de rua e 190 eventos cadastrados.
O governo também anunciou que, dentro desses R$ 2 milhões, R$ 300 mil irão para as escolas de samba do DF. Mesmo assim, o desfile não voltará a ocorrer em 2017. “Queremos que as escolas de samba se profissionalizem para que elas possam captar recursos da iniciativa privada”, disse o secretário de Cultura, Guilherme Reis. Ainda não há data para que os desfiles voltem a ocorrer.
Para Guilherme Reis, a cidade deve contar com 1,9 milhão de foliões nas ruas – praticamente o dobro do ano passado -, sendo que 1,5 milhão estarão concentrados no Plano Piloto. De olho nesse aumento, o gestor afirmou a necessidade de uma nova legislação para festa e música nas ruas da cidade.Por isso, o GDF contratou o consultor Guilherme Varella para repensar as políticas públicas de carnaval de rua, que terão validade na folia de 2018. “Precisamos tornar o carnaval sustentável e lucrativo para Brasília”, afirmou o secretário. A consultoria durará seis meses e custará R$ 80 mil aos cofres públicos.
“Neste ano teremos um carnaval de transição”, garantiu Guilherme. A expectativa é que, em 2018, a festa, que cresce anualmente, passe a dar retorno econômico à capital e dependa menos do financiamento estatal.
Os gastos também serão usados em prol dos monumentos locais. R$ 160 mil serão investidos na proteção de prédios como o Museu Nacional e o Planetário, que ficam em áreas onde ocorrerão muitas festas carnavalescas.