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Lei do Silêncio leva vida noturna do Plano Piloto para outras regiões

Taguatinga, Guará, Vicente Pires e Águas Claras são algumas das regiões onde o público pode curtir baladas, bares e festas até mais tarde

atualizado

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Giovanna Bembom/Metrópoles
Balada Giovanna Bembom/Metrópoles
1 de 1 Balada Giovanna Bembom/Metrópoles - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

A polêmica Lei do Silêncio, instaurada na cidade em 2008, divide opiniões em Brasília. As limitações aos decibéis (dB), principalmente em áreas residenciais, têm feito a vida noturna da cidade migrar para regiões administrativas ou setores mais afastados. Assim, boates, bares e casas de show em cidades como Taguatinga, Guará, Ceilândia e Núcleo Bandeirante passaram a receber cada vez mais público de todas as partes do Distrito Federal e viraram opção fora do centro da capital.

A Lei nº 4.092 de 2008 estabeleceu os limites sonoros. Em áreas residenciais, o máximo permitido são 50 dB(A). No comércio, a tolerância aumenta para 60 dB(A). Além disso, por determinação da Administração Regional de Brasília, bares e restaurantes do Plano Piloto devem fechar as portas às 2h (de quarta a sábado) e à 1h (de domingo a terça).

Nas outras cidades que compõem o Distrito Federal, no entanto, a regra é outra. Bares costumam ficar abertos até as 5h.

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Bar Sossega Madalena, no Guará, oferece música ao vivo, mas não ultrapassa o horário de funcionamento

 

Moradora do Guará, Thaísa Magalhães costuma frequentar bares próximos de casa. “A gente chega do trabalho lá pelas 20h, então o happy hour começa a partir daí”, relata. Para ela, o que diferencia os ambientes, além do preço, é a possibilidade de conversar alto. “Eu nunca ouvi falar sobre reclamações com o tom de voz dos usuários. Isso me faz pensar que o ‘planopilotense’ é intolerante e chato. Gosto mais de curtir na minha cidade.”

Alguns bares da região mantêm músicas ao vivo e funcionam até mais tarde, principalmente nos finais de semana. O Sossega Madalena (QI 22) é um exemplo. Próximo à estação do metrô, às quintas-feiras, sextas e sábados, a casa recebe músicos locais. O ambiente tem várias televisões que transmitem jogos de futebol e lutas.

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Maloca. QE 32, Conjunto M, Loja 31, Guará 2
Maloca. QE 32, Conjunto M, Loja 31, Guará 2
Lampião. QE 40, Rua 15, Lote 2, Guará 2
Lampião. QE 40, Rua 15, Lote 2, Guará 2
Lampião. QE 40, Rua 15, Lote 2, Guará 2
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Sossega Madalena. QI 22 Conjunto I Lote 104 Guará 1

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Taguatinga é uma das regiões mais badaladas do Distrito Federal. No Pistão Sul, na QS 3, uma rua chama atenção pela quantidade de espaços para curtir a noite. Sete casas de shows disputam o público com shows de funk, sertanejo, pagode, axé e tecnobrega.

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Swingers, Divina Living Bar, Santa Teresa, Bardot, Alfa Club, Ibiza Lounge e Capella Lounge funcionam, de quarta a domingo, até as 5h. O público diverso reúne pessoas de várias regiões administrativas, inclusive do Plano Piloto.

Casas de shows especializadas em sertanejo concentram-se fora do avião. Com apresentações de duplas de renome nacional e local, as boates recebem milhares de pessoas semanalmente. O Barril 66, em Águas Claras/Arniqueiras; a Dallas, em Vicente Pires, e a Aruba Show Bar, localizada no Shopping Flamingo, à beira da BR–020, oferecem baladas até as 4h.

“Nas regiões mais afastadas do Plano Piloto, a fiscalização é menor, mas mesmo assim, os bares estão sofrendo com a Lei do Silêncio”, relata Rodrigo Freire, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do DF (Abrasel).

Para Rodrigo, a legislação atual inviabiliza qualquer atividade de lazer e prejudica a economia. “Do jeito que está, não dá nem para conversar. Bar ou restaurante sem conversa é impossível”, argumenta.

Segundo o empresário, os estabelecimentos que foram obrigados a excluir a música ao vivo tiveram uma queda de 20% a 30% em seus rendimentos. “A solução é achar um ponto de consenso entre os bares, a população e o governo. Existem estabelecimentos que realmente extrapolam os limites, mas o morador que reclama dos espaços de lazer é minoria”, avalia Rodrigo.

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