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CLDF inicia debates para tentar encontrar alternativa ao reajuste

Grupo de trabalho formado por deputados, técnico, representantes da sociedade e do GDF se reuniu nesta quinta (5/12)

atualizado

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1 de 1 reunião cldf - Foto: Manoela Alcântara/Metrópoles

A primeira reunião do grupo de trabalho criado na Câmara Legislativa para discutir uma alternativa ao salgado reajuste nas tarifas do transporte público foi marcada por debates entre deputados distritais, técnicos, representantes da sociedade, do setor produtivo e do GDF. Além de propostas para tentar reverter o aumento — que chegou a 25% em alguns casos —, o encontro, na tarde desta quinta-feira (5/1), teve uma série de reclamações sobre a postura do governo.

A maioria dos questionamentos de estudantes, integrantes de partidos, usuários do sistema e empresários foi direcionada ao secretário de Mobilidade Urbana, Fábio Ney Damasceno. Ele se limitou a justificar o reajuste, argumentando que o governo não consegue mais subsidiar os R$ 600 milhões pagos em 2016. Damasceno não apresentou nenhuma proposta.

O debate é o primeiro de uma série que a CLDF vai promover até a próxima quinta-feira (12), data em que está prevista a votação de um Projeto de Decreto Legislativo que pode cancelar o aumento. A ideia é que, até lá, seja formatado um novo projeto de consenso, uma espécie de meio-termo entre o modelo atual e o reajuste proposto pelo GDF. O ponto de equilíbrio também passa pela revisão das gratuidades aplicadas a certos grupos de passageiros atualmente.

Durante o encontro, o deputado Professor Israel (PV) expôs algumas das medidas que acredita que podem funcionar como alternativas ao aumento. “A gratuidade no transporte público é uma previsão internacional. Hoje, a cada R$ 12 investidos em transporte, o governo aplica R$ 1 em transporte público e R$ 11 para melhorias do uso do transporte individual. Uma das minhas propostas é investir nas duas áreas de forma igual”, disse.

Já o deputado Wasny de Roure (PT), que presidiu os trabalhos nesta quinta (5), criticou a forma como o GDF impôs o aumento. “O governo perdeu a chance de uma aproximação política com movimentos organizados na área da mobilidade urbana e suprimiu a opinião do Conselho de Transporte do DF. A cidade nunca foi convocada a opinar”, ressaltou.

Para o presidente da Câmara Legislativa, deputado Joe Valle (PDT), o encontro cumpriu um papel importante pela diversidade de setores que reuniu. Participaram das discussões, por exemplo, as cooperativas de transporte; a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL); sociedade civil organizada; integrantes do Movimento Passe Livre, entre outros. “A Câmara é o lugar para o diálogo, para o debate. Aprofundamos, por exemplo, na questão da Zona Sul. Vamos discutir a gratuidade, não em reduzir para um ou outro, mas em ser fiscalizada, revisada”, completou Valle.

O deputado Cláudio Abrantes (Rede), também integrante do Grupo de Trabalho, ressaltou o papel da Casa como mediadora do debate . “Temos que ver o lado do caixa do governo, sem deixar de ver o lado social. A possibilidade de suspensão do aumento das tarifas é real. Temos uma convocação para o dia 12, mas, neste momento, queremos municiar o debate para encontrar um bom termo para todos”, disse.

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