metropoles.com

Tragédia na L4 Sul: colisão arrastou carro de família por 18 metros

Laudo conclui como causa determinante do acidente o fato de o motorista do Jetta (foto) não ter apresentado reação, como frear o carro

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Ricardo Botelho/Metrópoles
1 de 1 - Foto: Ricardo Botelho/Metrópoles

A colisão violenta que deixou mãe e filho mortos na L4 Sul, na noite de 30 de abril, é explicada em detalhes pelo laudo do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil ao qual Metrópoles teve acesso com exclusividade nesta quarta-feira (14/6). O Ford Fiesta onde estavam  Ricardo Clemente Cayres, 46 anos, e sua mãe, Cleuza Maria Cayres, 69, se arrastou por 18 metros após ser atingido pelo Volkswagen Jetta onde estava o advogado Eraldo Pereira, 36.

A perícia também cita como causa determinante da colisão entre os veículos a ausência de reação no momento da batida, ou seja, Eraldo não tentou frear o carro.

Como o Metrópoles antecipou, o carro estava a 110km/h no momento da colisão com o Fiesta — velocidade 37,5% acima dos 80km/h permitidos na L4 Sul. “Isso contribuiu para agravar as consequências do acidente que resultou na morte de mãe e filho”, aponta o laudo.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, Eraldo e o sargento do Corpo de Bombeiros Noé Albuquerque, que dirigia uma Range Rover Evoque, poderão ser autuados por homicídio, com dolo eventual, quando os autores assumem o risco de matar. Os dois estariam disputando um racha no momento do acidente.

De acordo com o laudo, momentos antes da batida o Jetta trafegava entre as faixas central e esquerda, no sentido Guará. Já o Fiesta, que teve velocidade estimada em 60km/h, percorria o trajeto pela faixa esquerda. A dinâmica do acidente foi definida pelos peritos.

O Fiesta foi atingido na lateral direita pelo Jetta e derrapou na pista, vindo a colidir com o meio-fio e capotar. Durante o capotamento, colidiu sua parte posterior direita com o tronco de uma árvore e voltou para a pista, permanecendo capotado

Trecho do laudo feito pelo Instituto de Criminalística da PCDF

Ainda segundo a perícia, o impacto da batida foi tão forte que destroços do Fiesta foram lançados a 60 metros de distância. O emblema do Jetta foi arremessado a 54,6m de distância do veículo. Uma parte do para-choque anterior, entre outros fragmentos do carro, estava a 56,1m do local onde ocorreu a colisão.

5 imagens
O impacto foi tão forte que o carro da família bateu em uma árvore e capotou
Um dos mortos no acidente foi o designer Ricardo Cayres, que trabalhava como terceirizado no Banco Central
Fabrícia de Oliveira Gouveia perdeu o marido e a sogra no grave acidente ocorrido na L4 Sul
Eraldo José Cavalcante dirigia o Jetta que atingiu o carro das vítimas
1 de 5

O acidente na L4 Sul ocorreu em 30 de abril de 2017 e deixou dois mortos

DER-DF/Reprodução
2 de 5

O impacto foi tão forte que o carro da família bateu em uma árvore e capotou

DER-DF/Divulgação
3 de 5

Um dos mortos no acidente foi o designer Ricardo Cayres, que trabalhava como terceirizado no Banco Central

4 de 5

Fabrícia de Oliveira Gouveia perdeu o marido e a sogra no grave acidente ocorrido na L4 Sul

Michael Melo/Metrópoles
5 de 5

Eraldo José Cavalcante dirigia o Jetta que atingiu o carro das vítimas

Ricardo Botelho/ Metrópoles

 

Novos depoimentos
Com a conclusão do exame que determinou as causas e a dinâmica do acidente, os investigadores vão interrogar novamente os motoristas envolvidos na tragédia: Eraldo, Noé e a irmã de Noé, a tenente do Exército Fabiana de Albuquerque Oliveira.

Os três voltavam de uma festa em uma lancha no Lago Paranoá quando o acidente ocorreu. Todos serão ouvidos na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), que investiga o caso, no próximo dia 22.

O Metrópoles tentou falar com o advogado de Eraldo Pereira, no entanto, ele estaria em viagem e não retornou as ligações. A defesa de Noé e de Fabiana não foi localizada para comentar o assunto.

A conclusão do laudo e a nova tomada de depoimentos é um alento para a dor da família vítima da imprudência no trânsito. “Temos que batalhar para que a verdade apareça”, disse a revisora Fabrícia Gouveia, 47 anos, que perdeu o marido e a sogra no acidente.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?