Metroviários acatam decisão do TST e trens vão circular nas Olimpíadas
Categoria se reuniu na tarde desta terça-feira (2/8) em frente ao Palácio do Buriti. Na última sexta (29/7), TST determinou que a categoria trabalhe no período dos Jogos Olímpicos Rio 2016 em Brasília
atualizado
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Os metroviários — em greve desde 14 de junho — decidiram, em assembleia no início da tarde desta terça-feira (2/8), acatar a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que determinou que a categoria trabalhe integralmente no período dos Jogos Olímpicos Rio 2016 em Brasília, entre 4 e 13 de agosto. Os funcionários se reuniram em frente ao Palácio do Buriti por quase três horas.
Na última sexta-feira (29), saiu a decisão do TST que impôs que o Metrô do DF teria que operar normalmente, com 100% dos trens, durante os dias em que capital federal sediará os torneios olímpicos de futebol. Ainda segundo a decisão, aqueles que não voltarem aos postos de trabalho nas datas de partidas estariam sujeitos a multa de R$ 50 mil por dia de falta. O valor deveria ser pago pelo SindMetrô-DF.“Vamos rodar normalmente durante esses dias”, apontou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (SindMetrô-DF), Ronaldo Amorim, após o encontro da categoria.
A principal reivindicação do movimento é a contratação de pessoal já que, segundo informações da empresa que administra a rede, há, hoje, um déficit de 670 trabalhadores. Enquanto isso, cerca de 800 pessoas aprovadas no concurso realizado em 2013 aguardam a nomeação.
Entre as outras exigências dos metroviários, está o reajuste salarial de acordo com a inflação registrada em 12 meses, até abril, estimada em 9%. O grupo também pede a melhoria das condições de trabalho, como a garantia do fornecimento anual de uniformes e capas de chuva. Durante a greve, os trens têm funcionado em esquema especial: de segunda a sábado, das 6h às 9h, e das 17h às 20h30. Apenas 30% dos funcionários permanecem nos postos de trabalho.