Em assembleia, professores decidem manter greve que já dura 26 dias
Sindicato diz que negociações não avançaram o suficiente para que docentes voltem à sala de aula. Secretaria de Educação afirma que 28% dos servidores aderiram ao movimento
atualizado
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A exemplo dos metroviários, os professores da rede pública do DF decidiram manter a paralisação iniciada no dia 15 de outubro. A categoria se reuniu na manhã desta segunda-feira (9/11) em assembleia em frente ao Palácio do Buriti. Os docentes reivindicam o pagamento imediato do reajuste salarial previsto para setembro, a manutenção da jornada ampliada e a correção no valor do tíquete-alimentação.
A greve dos professores já foi julgada ilegal pelo Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), que estipulou multa de R$ 400 mil para cada dia de paralisação. O Sindicato dos Professores (Sinpro) recorreu da decisão, alegando que o reajuste salarial está previsto em lei.
Segundo a Secretaria de Educação, 28% dos professores aderiram à greve. O Sinpro garante que todas as aulas serão repostas com o fim do movimento. Para pressionar o retorno dos docentes à sala de aula, o Palácio do Buriti informou que vai cortar o ponto dos grevistas.
Veja, a seguir, como foi a cobertura da assembleia:
12:42 – Todas as faixas foram liberadas e o trânsito começa a se normalizar na região central de Brasília.
12:40 – Segundo Cleber Soares, diretor do Sinpro, uma comissão do sindicato será recebida entre hoje e amanhã pela procuradora da Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (Proeduc).
Acho que nosso ato já surtiu efeito. O MP já entrou em contato com a procuradora, que se colocou à disposição para nos receber
Cleber Soares, diretor do Sinpro
12:14 – No momento, três faixas estão fechadas, o que causa um grande congestionamento no local. Veja como está o trânsito aqui.
12:10 – O Ministério Público do DF anunciou que irá receber os diretores do Sinpro-DF.
12:07 – Duas faixas do Eixo Monumental começam a ser liberadas para a passagem de carros.
12:00 – Os professores estão em frente ao Ministério Público do DF.
11:50 – Após fechar o Eixo Monumental sentido Sudoeste, os professores caminham pela mesma via, agora no sentido da Rodoviária. Todas as faixas estão fechadas.
11:44 – Carro de som utilizado pelos professores durante a assembleia segue em direção ao Ministério Público do DF. Todas as faixas do Eixo Monumental são fechadas.
11:32 – A greve continua. Em assembleia, os docentes votam pela continuidade da paralisação, que já dura 26 dias.
11:22 – O professor Fernando Reis critica o governador e diz que o desejo do governo é de privatizar a educação.
Se tiver que fazer duas greves por ano, serão oito greves até o fim do mandato
Fernando Reis, professor
11:16 – Professor parabeniza participação dos manifestantes e pede pela continuidade da greve. “Juntos somos fortes. Fraco é o faraó do cerrado”, diz.
11:11 – A diretora do Sinpro e vice-presidente da CUT Brasília, Meg Guimarães, pede apoio pela manutenção do movimento. “Estamos no rumo certo. O que o governo nos mandou como proposta tem seu lado positivo, mas não dá para sair da greve sem proposta sobre o pagamento dos reajustes”, diz.
11:04 – A professora aposentada Augusta Ribeiro também defende a continuidade da greve.
Rollemberg não nos vencerá. Precisamos continuar essa greve com muita força para que o governador nos apresente propostas decentes
Augusta Ribeiro, professora aposentada
11:02 – “É o momento de radicalizar nossa greve. Não podemos recuar. Vamos intensificar os piquetes. As propostas do governo são insuficientes e mentirosas”, concorda Alessandro Correa, professor de música.
11:00 – A professora de geografia Elbia Pires concorda com a manutenção da greve.
Vamos aprovar o que o comando de greve propõe: que a paralisação continue. Vamos no Ministério Público cobrar para que contratem os concursados aprovados e paguem o que (o governo) devem
Elbia Pires, professora
10:56 – Jairo Mendonça, diretor do Sinpro, afirma que a luta dos professores tem feito Rollemberg recuar. “Isso é uma sinalização de que estamos conquistando nosso espaço, mas ainda temos a principal causa para lutar: o pagamento do nosso reajuste. É momento de resistência!”
10:52 – Os professores se preparam para começar a avaliar as propostas.
10:50 – A diretora do Sinpro-DF, Rosilene Correa, diz que os representantes do sindicato se encontraram com o presidente da OAB para solicitar audiência com o governador. “Não é abrir a agenda. Precisamos que ele abra a negociação financeira”, aponta.
10:48 – Segundo Washington Dourado, diretor do Sinpro-DF, o processo de negociação merece ser discutido e entendido por todos os participantes.”Na terça-feira (3), recebemos um documento de negociação do governo. Na quarta-feira (4), decidimos que não tomaríamos decisão sobre o texto. Na quinta-feira (5), fizemos assembleias regionais para discutir a proposta. Colhemos muitas informações”, afirma.
É interessante como esse governo só funciona em horário comercial. Não teve como marcar negociação neste fim de semana. Aguardamos dar andamento ao processo. É o momento da resistência, da coragem!
Washington Dourado, diretor do Sinpro-DF
10:42 – Os professores completam nesta segunda-feira 26 dias em greve.
10:38 – Carmem Foro, vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) nacional parabeniza as categorias que têm se mobilizado para conseguir melhores condições de trabalho.
A resistência é muito importante
Carmem Foro, vice-presidente da CUT
10:25 – De acordo com estimativa da Polícia Militar, aproximadamente 2 mil pessoas estão presentes na assembleia.
10:17 – Segundo a diretoria do movimento, a menor participação se deve, provavelmente, a dificuldade de acesso, já que a manhã desta segunda-feira registrou pontos de congestionamento em diversas vias do DF, como EPTG, BR-040 e EPIA.
10:14 – Apesar de ainda não haver números oficiais sobre a quantidade de manifestantes presentes na assembleia, é perceptível um número menor ao do último ato, realizado na quarta-feira (4/11).
10:12 – Bárbara Melo, da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), sobe ao caminhão para declarar apoio ao movimento. “Viemos aqui para mostrar aos professores que os estudantes estão juntos nesta luta. Precisamos retomar o desenvolvimento e garantir uma educação de qualidade”, afirma.
10:07 – O trânsito na região é tranquilo, sem congestionamento.
Não podemos recuar. Essa é a hora de lutarmos por nosso direito e a melhoria da educação no DF. Essa é a hora do Rollemberg nos respeitar
Professora que não quis ser identificada
09:58 – Estudantes da Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel) se unem mais uma vez aos professores. “Acredito que os professores não podem recuar. Sabemos que a luta vai além do dinheiro e diz respeito à situação da sala de aula, que nos atinge”, afirmou o estudante de Ciências Naturais Jadson Lima da, da executiva distrital da Anel.
09:50 – A professora Iolanda Costa (foto abaixo, de vermelho), diz que está pronta para ouvir as sugestões que serão apresentadas na reunião. “Não tenho uma opinião formada. Vou esperar a apresentação das propostas e votar de acordo com elas”, disse a docente, que trabalha há sete anos em sala de aula.
09:40 – Professoras fazem fila para colocarem turbantes. O ato é em homenagem à marcha das mulheres negras, que acontece semana que vem, no DF.
09:35 – Ônibus vindo das outras regiões administrativas lotados de professores não param de chegar
09:31 – Para o professor de matemática Nelson Sobrinho, 57 anos, a greve tem que continuar. “A gente tem que se virar para pagar as.contas. O governador, não? Nossa categoria não está sendo respeitada”, afirmou.
09:25 – A expectativa da polícia militar é de que 6 mil pessoas participem da assembleia.
09:14 – Aos poucos, os manifestantes começam a tomar conta da praça em frente ao Palácio do Buriti.