Em assembleia, professores decidem pela continuidade da greve
Docentes estão fora da sala de aula desde o dia 15 de outubro e cobram reajuste salarial. Novo encontro foi marcado para segunda-feira (9/11)
atualizado
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Em assembleia realizada nesta quarta-feira (4/11), os professores decidiram manter a greve da categoria iniciada em 15 de outubro. O sindicato alegou que o Governo do DF manteve a proposta de pagar o reajuste apenas em outubro de 2016. Representantes da Central Única dos Trabalhadores e do SindServiço também estiveram presente em frente ao Buriti em solidariedade com a categoria. De acordo com estimativa da Polícia Militar 1.500 pessoas participaram do ato.
“O governador tem se reunido conosco. Mas é só reunião. Não tem avanço”, explica Rosilene Corrêa, diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro). “Vamos mostrar para o governo que não é no DF que vão instalar uma política neoliberal de massacre ao trabalhador”, completou. Um novo encontro foi marcado para esta segunda-feira (9/11). Confira como foi a cobertura que o Metrópoles acompanhou em tempo real.
12h25 – Uma nova assembleia geral foi marcada para segunda-feira (9/11), às 9h, na Praça do Buriti.
12h20 – Nesta quinta-feira (5/11) será realizado uma assembleia regional. Após a votação, os docentes aprovaram a realização de carreatas pelas vias do DF.
12h15 – Em assembleia, a categoria decide pela continuidade da greve.
12h09 – Professores se preparam para iniciar a votação. O clima de insatisfação é evidente na categoria.
12h08 – Rosilene Correa, diretora do Sinpro, reclama da proposta apresentada pelo Buriti. “Achei uma falta de criatividade colocarem como item número 1 algo que já havia sido rejeitada pela categoria”, reclama, se referindo ao pagamento do reajuste previsto para outubro de 2016.
Vamos mostrar para o governo que não é no DF que vão instalar uma política neoliberal de massacre ao trabalhador
Rosilene Correa, diretora do Sinpro
11h50 – Desta vez, os policiais militares acompanham a assembleia de longe.
11h45 – O professor da Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (EAPE) Simão de Miranda, de 50 anos, também irá votar pela manutenção da paralisação. “Pelo menos até sexta-feira (9/11), quando haverá uma reunião com as assembleias regionais”, defende. “A exoneração do comandante da PM foi muito pouco. A gente quer um pedido de desculpas do governador na televisão”, reclama.
11h36 – Segundo um dos líderes do sindicato, outro item ressaltado do documento foi o pagamento da licença-prêmio para professores aposentados. “Não veio com data no documento, mas na reunião ficou acertado que seria entre dezembro de 2015 e março de 2016”, afirmou. O documento também citou o pagamento do 13° salário. Segundo o representante do sindicato, o governo afirmou que “irá quitar assim tiver condições para tal”. Novas vaias para a posição do Buriti.
11h29 – Segundo a Polícia Militar, aproximadamente 1.500 pessoas participam da assembleia.
11h28 – Representantes do sindicato dos professores explicam, do alto do carro de som, que houve avanços na reunião que tiveram nessa terça-feira (3/10) com o Buriti. Porém, a área financeira ainda é o principal entrave. “A reunião foi bastante produtiva para as partes administrativa e pedagógica, mas não avançou na área financeira. O governo manteve-se firme com relação ao pagamento do reajuste só no ano que vem. Recebemos um documento do governo com 18 itens. O primeiro foi o pagamento do reajuste a partir de outubro de 2016”, contou. Nesse momento, os professores presentes vaiaram bastante.
11h18 – Rodrigo Rodrigues, coordenador da CUT, também critica a gestão Rollemberg. “Hoje, como todos têm acompanhado, tivemos mais uma mostra da inabilidade do governo em gerir crises. O governador precisa descer do palanque de candidato e começar a governar”, disse.
11h15 – O diretor do SindServiço Raimundo Mascarenhas também mostrou solidariedade ao movimento. “O governo não tem compromisso com a educação ou com qualquer outro tipo de serviço”, criticou.
11h05 – A professor apostada Ana Lucia da Cunha, de 50 anos, conta que tem comparecido às assembleias para o apoiar o movimento e acredita que a greve será mantida. “Vamos continuar até que o governador apresente uma proposta que contemple as demandas da categoria. O comandante da PM está pagando por um erro, mas a exoneração não influencia na nossa decisão. A paralisação é em função da valorização da educação”, apontou.
10h58 – “O governo não pode ficar em conflito com a lei como está no momento. Não houve avanços nas conversas com o governador. Ele está se isentando de governar o DF”, criticou a parlamentar, acrescentando que Rollemberg é quem deveria ter o salário cortado.
10h55 – A deputado federal Érika Kokay (PT-DF) subiu no carro de som e lembrou de outros protestos da categoria. “O movimento dos professores faz história desde 1979, quando combateu a ditadura. Educadores não se vergam a ameaças, sejam quais forem. Há um direito assegurado, que foi fruto de luta. Se há o direito, cabe ao GDF analisar as especificidades se cada categoria”, afirmou.
10h48 – “Se o governador não fez concurso, a culpa não é do professor”, ironiza o comando da greve.
10h46 – No carro de som, o comando da greve afirma que o governador foi “sensato ao exonerar o coronel da PM”.
10h40 – A forte repressão policial desencadeda contra os professoras na manifestação da última quarta-feira (28/10) acabou atingindo o comandante-geral da Polícia Militar, Florisvaldo Cesar. O governador Rodrigo Rollemberg pode anunciar nesta quarta-feira a exoneração do coronel.
10h29 – Os professores começam a se reunir em frente ao Buriti para uma nova assembleia que irá discutir os rumos da greve, que já dura 20 dias.