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Vídeo mostra fechada que antecedeu tiro em briga de trânsito no DF

Autor do disparo é ex-sargento da Polícia Militar e se entregou à PCDF. Suspeito foi indiciado por tentativa de homicídio

atualizado

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Nilza Terezinha Perruchetti, mãe de Weverton Leonardo Elias, 31 anos, alvo de dois tiros na noite da última sexta-feira (02/08/2019), após uma fechada no trânsito ocorrida na Avenida Elmo Serejo, em Taguatinga
1 de 1 Nilza Terezinha Perruchetti, mãe de Weverton Leonardo Elias, 31 anos, alvo de dois tiros na noite da última sexta-feira (02/08/2019), após uma fechada no trânsito ocorrida na Avenida Elmo Serejo, em Taguatinga - Foto: Jacqueline Lisboa/Esp. Metrópoles

O autor do disparo que atingiu a cabeça de Weverton Leonardo Elias, 31 anos, na noite da última sexta-feira (02/08/2019), na Avenida Elmo Serejo, foi indiciado por tentativa de homicídio duplamente qualificada – por motivo fútil e por impossibilitar a reação da vítima. O caso foi revelado pelo Metrópoles. O ex-policial militar F. C. V., de 49 anos, apresentou-se à 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro) na tarde dessa quarta (07/08/2019).

Por meio de imagens de câmeras de segurança, os investigadores conseguiram ver a briga de trânsito que motivou o crime. A gravação mostra o momento que teria precedido o disparo. Nas imagens, o veículo conduzido por Weverton, um Gurgel, fecha o Fiat Uno do ex-sargento e faz zigue-zague na pista.

 

De acordo com Paulo Henrique de Almeida, delegado-adjunto da 12ª DP, o autor, que não está preso, será interrogado nos próximos dias. “Agora juntamos os laudos e nossos relatórios para encaminhá-los ao Ministério Público”, informou.

Segundo Almeida, F. C. V. confessou o crime, mas não foi detido porque não houve prisão em flagrante e não há ordem judicial que determine a prisão do ex-sargento. “Só poderíamos realizar a prisão neste caso se fosse identificado risco de fuga ou ameaça ao processo. Nessas situações, poderia ser pedida a prisão à Justiça. Mas não é o caso, pois o suspeito veio aqui se apresentar com o advogado dele”, explicou.

Após analisar as imagens de câmeras de segurança do supermercado Super Adega, na QNL 2, que fica de frente para a via Elmo Serejo, os investigadores identificaram os carros dos envolvidos, sendo um Uno vermelho pertencente ao autor do crime e um Gurgel branco pertencente à vítima.

“Pelas imagens, a gente percebe que eles vêm discutindo ao longo da Elmo Serejo, que um tenta passar o outro, ficam em zigue-zague. Motivo totalmente desproporcional [para o tiro]. Uma briga de trânsito que acabou com uma pessoa gravemente ferida”, comentou o delegado.

7 imagens
Weverton estava internado no Hospital de Base
A mãe de Weverton está revoltada com o caso
Marcas de sangue no veículo
Marca do tiro no vidro do veículo
Carlos Alberto Perruchetti, tio da vítima
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Arma utilizada no crime e apreendida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)

PCDF/Divulgação
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Weverton estava internado no Hospital de Base

Instagram/Reprodução
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A mãe de Weverton está revoltada com o caso

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Marcas de sangue no veículo

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Marca do tiro no vidro do veículo

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Carlos Alberto Perruchetti, tio da vítima

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O rapaz ficou internado por oito meses

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Policial aposentado

Ainda de acordo com o delegado, F. C. V. é um segundo sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), aposentado há um ano e meio, e também já trabalhou como instrutor de tiro. Por causa disso, a arma que usou no crime está regularizada. No entanto, Almeida ressaltou que disparar tiro com um veículo em movimento “é desaconselhado em qualquer manual da polícia”.

“Não se pode atirar em um veículo em movimento, ainda mais ele sendo um policial aposentado que também era instrutor de tiro. Você pode acabar acertando outra pessoa ou até levando o autor a óbito”, afirmou Almeida.

Vítima em estado grave

Após o crime, Weverton foi socorrido e levado ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Depois de o quadro se agravar, foi encaminhado ao Hospital de Base (HBDF), onde está internado em estado grave.

Ele contou aos policiais, ainda no hospital e antes de ser sedado, que o agressor abaixou o vidro, apontou a arma e abriu fogo.

Nesta quinta-feira (08/08/2019), segundo a mãe da vítima, Nilza Terezinha Perruchetti, a sedação foi retirada. “Fizeram uma nova tomografia e viram que parte do cérebro desinchou. Tiraram os remédios para que ele saísse do coma induzido, mas ele ainda não acordou.”

O estado de Weverton ainda é grave e, de acordo com Nilza, o quadro só poderá ser mais bem avaliado quando ele despertar. “A médica disse que tem gente que demora quatro dias para sair do coma. Tenho fé de que ele vai conseguir acordar”, disse.

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