Viaturas da Polícia Civil amanhecem com pneus furados. Caso será investigado
Uma ocorrência será registrada na 1ª Delegacia de Polícia e na corregedoria da polícia para investigar se foi um ato criminoso
atualizado
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As divergências entre o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol) e a Direção Geral da Polícia Civil a respeito da cessão de 115 agentes policiais de custódia à Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) podem ter tido como consequência uma grave violação ao patrimônio público na manhã desta terça-feira (8/12).
Cerca de 17 viaturas da Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP), estacionadas na área da carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE), amanheceram com pneus vazios e pinos quebrados. Segundo a PCDF, ainda não é possível contabilizar o prejuízo.
Uma ocorrência será registrada na 1ª Delegacia de Polícia e na corregedoria para investigar se foi um ato criminoso. “Vamos instaurar inquérito para apurar dano a bem público e também um processo disciplinar, caso se comprove participação de policiais”, disse o diretor geral da PCDF, Eric Seba.
Com as viaturas paradas, o atendimento nas audiências de custódia (que envolvem, diariamente, 50 presos em média) e o transporte de presos das delegacias para a carceragem serão afetados.
O presidente do Sinpol, Rodrigo Franco afirmou que teve conhecimento do caso nesta manhã e quer apuração imediata do caso. “Somos contrários a esse tipo de conduta. Isso vai contra o nosso movimento. Ontem, denunciamos o desvio de função de agentes de polícia que trabalharam com o transporte de presos. Porém, nos restringimos a Justiça para resolver esses problemas”, disse.
Confira a nota divulgada pela PCDF sobre o caso:
Greve
Os agentes policiais de custódia estão em greve desde segunda-feira (7/12), após a decisão judicial que determina a transferência de 115 profissionais da Polícia Civil para o sistema prisional. O Sinpol afirma que o acordo não teve sem a anuência do do sindicato e que a determinação contraria o que diz Lei Federal n° 13.064/14, que determinou a lotação desses servidores na PCDF.
Segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), os integrantes da carreira de agentes penitenciários sempre estiveram lotados no sistema penitenciário do DF, pois fizeram concurso para o exercício. “A greve dos agentes de custódia, portanto, é uma clara retaliação à decisão judicial proferida neste processo”, diz a nota divulgada pelo MP.