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Procura-se: pelos menos 31 cães desapareceram de canil irregular denunciado pelo Metrópoles

Quando a reportagem esteve no canil Solar de Brasília, em um condomínio do Jardim Botânico, havia 113 animais confinados em gaiolas e em baias de concreto, mas apenas 82 foram resgatados. Adoção depende de decisão judicial

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Cachorros canil
1 de 1 Cachorros canil - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Ao menos 31 cães desapareceram do canil irregular denunciado pelo Metrópoles na segunda-feira (21/12). O local foi alvo de uma operação da Polícia Civil uma hora após a publicação da reportagem e 82 cachorros que sofriam maus-tratos foram resgatados pela Delegacia de Meio Ambiente (Dema) e por um grupo de protetores. Quando a reportagem esteve no canil Solar de Brasília, em um condomínio do Jardim Botânico, no entanto, havia 113 animais confinados em gaiolas e em baias de concreto, nos fundos do lote.

Todos foram filmados e fotografados, como é o caso de uma fêmea de Buldogue Inglês, que “sumiu” do local e não está entre os animais resgatados. Na tarde desta terça-feira (22/12), a dona do canil entrou com um pedido de liminar no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) para tentar reaver a guarda dos animais. O juiz ainda não julgou o mérito da ação.

Protetores que acompanharam a operação policial desde a perícia que constatou os maus-tratos até o momento de retirada dos animais suspeitam que moradores ou funcionários da residência onde funcionava o canil — lacrado pela Agência de Fiscalização do DF (Agefis) — possam ter retirado os animais antes que fossem recolhidos pelas autoridades. “Recebemos informações de um vizinho que alguns cães foram vistos sendo retirados por uma passagem que fica na lateral do terreno”, disse uma das protetoras, que pediu para manter o nome em sigilo.

De acordo com o delegado-chefe da Dema, Ivan Dantas, a proprietária do canil, Edmê Maria de Oliveira, foi autuada em flagrante por maus-tratos de acordo com a Lei n° 9.605/98. Se for condenada, a pena poderá variar de três meses a um ano e multa, mas ela responderá ao processo em liberdade. “A dona do canil terá que se apresentar sempre que a Justiça convocá-la”, explicou.

O delegado explicou que todos os cães resgatados foram identificados por meio de uma lista e entregues à fiéis depositários, que cuidarão dos animais até que a Justiça decida se os bichos serão doados ou devolvido ao canil. “Estamos juntando provas. A perícia tem um papel importante para garantir a produção de laudos que confirmem as irregularidades vistas no estabelecimento”, disse Ivan Dantas.

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Resgatados
No dia seguinte após a libertação, os cães mais doentes começaram a receber tratamento. Ao tomarem conhecimento da história, veterinários se ofereceram para examinar os animais sem cobrar pela consulta. Todos apresentavam sinais de desnutrição e desidratação. Em razão dos maus-tratos, tinham sinais de fraturas ósseas e com má calcificação.

“Ainda esperamos alguns laudos veterinários ficarem prontos, mas alguns animais ficaram com as patas deformadas por conta da má calcificação. Outros exemplares, como um cão da raça Akita, estava com a costela quebrada”, contou uma das protetoras. Boa parte dos animais terá que ingerir medicamentos e suplementos alimentares para se recuperar. Alguns aparentavam nunca terem tomado banho.

Na casa de uma das protetoras, um casal da raça Lulu da Pomerania pôde, enfim, cuidar do pelo. “Fiquei assustada, pois o macho começou a desprender muito pelo durante o banho. Era como se o cão estivesse com câncer e passando por quimioterapia. Os tufos saíam aos montes na minha mão”, contou Catiucia Ferro.

 

 

 

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