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Principal suspeito de matar Don Juan se apresentou à polícia e foi preso

A polícia chegou até Diogo Oliveira Soares, de 28 anos, com a ajuda de testemunhas que viram o homem abandonar o carro no Condomínio Novo Horizonte, próximo ao Paranoá

atualizado

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João Gabriel Amador/Metrópoles
Diogo Oliveira Soares
1 de 1 Diogo Oliveira Soares - Foto: João Gabriel Amador/Metrópoles

O principal suspeito de matar Antônio Carlos Guimarães, 45 anos, conhecido como “Don Juan do Lago“, se apresentou à polícia às 17h30 desta quarta-feira. Diogo Oliveira Soares, de 28 anos, foi interrogado pelo delegado-chefe da 6ª Delegacia de Polícia do Paranoá, Marcelo Portela. A prisão dele, por homicídio, já foi decretada pelo juiz do Tribunal do Júri do Paranoá.

A polícia chegou até Diogo com a ajuda de testemunhas que viram o homem abandonar o carro no Condomínio Novo Horizonte, próximo ao Paranoá, onde o suposto assassino mora há três anos com irmãos. A suspeita é de que o crime seja um acerto de contas.

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O delegado Marcelo Portela disse que há muitos indícios do envolvimento de Diogo no crime

Em entrevista, o delegado disse que Diogo se apresentou à polícia com o intuito de evitar a prisão. Porém, para ele, havia muitos indícios do envolvimento de Diogo no crime. “Fiz o requerimento para a prisão temporária por 30 dias para que as investigações prossigam. Havia diversos indícios, especialmente o vídeo dele autorizando a entrada da vítima no condomínio”, afirmou.

Segundo o delegado, o acusado manteve-se em silêncio durante todo o depoimento e não esclareceu o motivo da visita da vítima ou a relação entre os dois. Com a prisão, Portela acredita que a polícia terá tempo para elucidar o caso. Ele ouvirá testemunhas como a mulher de Diogo e serão feitas perícias na casa do acusado. Diogo não tinha passagem pela polícia.

 

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O acusado foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e depois será levado à carceragem da Delegacia de Polícia Especializada (DPE). Segundo o advogado de Diogo, Fabiano Silva Leite, os dois se conheceram na academia em que malhavam, a Smart Fit, no Lago Norte. Guimarães estaria vendendo um carro a Diogo. Leite afirma que o cliente é inocente e contou que entrará com um pedido de habeas corpus.

Os vizinhos informaram à polícia que o suspeito não tinha muitos amigos no condomínio e dizem que ele sofria de transtorno bipolar e síndrome do pânico. De acordo com os depoimentos da vizinhança, por diversas vezes, ele pedia socorro para algo que só ele enxergava. Diogo foi notificado por conta de som alto várias vezes.

Guimarães foi encontrado dentro do porta-malas do próprio carro, na tarde de terça-feira (1°/12). Ele estava amordaçado, amarrado e tinha uma perfuração de tiro na perna. O homem, que tinha 29 passagens pela polícia, a maioria por estelionato, também apresentava marcas de agressão. Ele morreu no local.

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Guimarães teria chutado o vidro do carro para tentar fugir

Visita
De acordo com a polícia, Guimarães tentou entrar no condomínio nesta terça-feira por volta das 11h56. Os seguranças do local barraram a entrada dele. Nesse momento, ele ligou para Diogo, que o buscou na portaria. Os dois seguiram para a casa do morador do condomínio.

O corpo foi encontrado às 14h. Antes disso, o carro chamou a atenção dos moradores porque estava circulando em alta velocidade dentro do condomínio.

Segundo o Corpo de Bombeiros, funcionários que trabalham no condomínio perceberam que o vidro traseiro do carro estava estilhaçado e decidiram examinar de perto. Ao se aproximarem, encontraram o homem e acionaram a corporação.

Diogo teria baleado o Don Juan e o colocado no carro achando que ele estava morto. A vítima, no entanto, acordou e chutou o vidro traseiro do veículo, estilhaçando-o. O agressor, então, colocou Guimarães no porta-malas e abandonou o carro no próprio condomínio, onde estaria escondido.

Reprodução/Facebook
Antônio Guimarães, conhecido como Don Juan do Lago, foi preso em agosto por estelionato

Prisão
Antônio Carlos foi preso em agosto por aplicar golpes em mulheres com as quais se relacionava. A prisão foi feita por agentes da 10ª Delegacia de Polícia. O estelionatário, segundo as investigações, criava uma vida de ostentação nas redes sociais para atrair mulheres de classe alta, na maioria das vezes casadas. O prejuízo causado às vítimas foi estimado em ao menos R$ 300 mil.

O acusado usava o nome das mulheres para fazer compras, empréstimo ou até mesmo extorquia as vítimas ameaçando tornar público o caso extraconjugal. O perfil de Antônio no Facebook, hoje desativado, tinha fotos de casas no exterior, carros importados e bebidas caras.

O golpista tem uma passagem por homicídio em 1990. De acordo com a polícia, ele começou a vida de estelionatário em 2000. Ele gastava dinheiro com plásticas, tatuagens e festas. Ele fez inúmeras plásticas para se “manter bonito para atrair homens, mulheres e até idosos nas redes sociais”.

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