Caso Jéssica Leite: faca apreendida com casal será periciada
Homem e mulher foram conduzidos pela PM à 17ª DP (Taguatinga Norte). Embora testemunhas não tenham reconhecido os suspeitos, segundo capitão da Rotam, outras pessoas disseram que os dois teriam envolvimento com a morte da universitária
atualizado
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Policiais militares da Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam) conduziram, na noite desta quarta-feira (15/6), um homem de 23 anos e uma mulher de 35 à 17ª DP (Taguatinga Norte), para serem reconhecidos por uma testemunha do assassinato da universitária Jéssica Leite, 20 anos, esfaqueada na tarde de terça-feira (14).
Embora testemunhas não tenham reconhecido o casal, os dois prestaram depoimento e uma faca encontrada no quiosque onde eles estavam foi encaminhada à perícia. Ambos negaram participação na morte da jovem, mas, segundo o capitão Eric Rodrigues, da Rotam, informalmente, outras testemunhas teriam reconhecido o homem, mas não quiseram comparecer à delegacia por medo.O capitão, que acompanhou os depoimentos, disse que as versões apresentadas por eles foram conflitantes. Ainda assim, como nenhum dos suspeitos tinha mandado de prisão em aberto, foram liberados pelo delegado Flávio Messina após prestarem depoimento.
Segundo a PM, os dois foram detidos por volta das 20h, na QLN 23, perto da Praça de Encontro Comunitário próximo do Shopping JK, em Taguatinga. Ainda de acordo com a Polícia Militar, testemunhas teriam visto o homem com uma faca na mão na tarde do crime, próximo ao local onde Jéssica foi morta. A PM deteve o homem por ele apresentar características semelhantes à do autor do crime apontadas por uma testemunha.
Mais cedo, a Polícia Civil revelou que encontrou porções de maconha, microsselos de LSD, uma balança de precisão e um aparelho para triturar a erva na mochila da menina. Agora, a hipótese de o crime ter relação com o tráfico passa a ser considerada pelos investigadores. No primeiro momento, o caso foi tratado como latrocínio (roubo seguido de morte).
O crime
Jéssica Leite estava atrás da Igreja São Sebastião, na EQNL 21/23, quando foi abordada. Como se recusou a entregar o aparelho, foi esfaqueada no peito e morreu ainda no local. No momento em que foi assassinada, Jéssica tinha saído de casa para ir à faculdade. O Corpo de Bombeiros tentou reanimá-la, mas a vítima não resistiu.
Na noite desta quarta (15), colegas de Jéssica promoveram, na Universidade Católica de Brasília (UCB), um ato em homenagem à jovem. Com pétalas de rosas no chão, balões brancos e uma faixa na parede, na qual estava escrito “Mais amor, por favor”, cerca de 25 alunos se emocionaram ao lembrar da amiga.
Enterro
A homenagem ocorreu horas após o enterro da menina. Sob forte comoção, amigos, parentes, vizinhos e colegas acompanharam a cerimônia. “Eu quero a minha filha, não deixem levá-la. Não quero ficar sem ela”, lamentava a mãe, Mônica, emocionada.
Ela precisou ser amparada enquanto o caixão da filha começou a seguir o cortejo fúnebre antes da cerimônia de sepultamento, no Cemitério Campo da Esperança de Taguatinga. Por volta das 17h, o corpo de Jéssica foi enterrado.
Todos pareciam não acreditar no que havia ocorrido. A mãe da universitária não saiu de perto do caixão até o fim da solenidade. Sempre acompanhada por amigos, chorava a perda da filha, que cursava o 5º semestre de jornalismo na UCB.