Polícia Civil apreende réplicas de armas na Feira dos Importados
Os proprietários dos estabelecimentos serão autuados por crime contra o consumidor e contrabando
atualizado
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A Feira dos Importados foi alvo de uma nova operação da Polícia Civil nesta terça-feira (19/7). Cerca de 60 policiais foram mobiliados para apreender simulacros (réplicas) de arma de fogo usados em diversos assaltos no Distrito Federal. A ação, batizada de Polímero, foi coordenada pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá). Ao todo, nove locais foram alvo dos mandados de busca e apreensão, como a residência do comércio que fica na feira, além de outros estabelecimentos comerciais na Multi Feira e em Taguatinga.
A operação começou por volta das 9h e contou com o apoio das divisões de Operações Especiais (DOE) e de Operações Aéreas (DOA).
A Polícia Civil antecipou que pelo menos 500 armas – como pistolas, submetralhadoras e armas longas – foram apreendidas. Os proprietários dos estabelecimentos serão autuados por crime contra o consumidor e contrabando.
Segundo o delegado-chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), Marcelo Portela, os simulacros de arma de fogo são “hiperrealistas” e estavam inundando o mercado negro da criminalidade tanto no Paranoá quanto em outras cidades do DF. “Ninguém consegue distinguir uma réplica dessas de uma arma verdadeira. Com isso, bandidos especializados em roubos a pedestres, ônibus e residências estavam usando esses objetos para cometer os assaltos”, disse.Portela explicou que, semanalmente, a delegacia registra a apreensão dos simulacros que estavam em poder de criminosos. “Eles preferem usar essas réplicas pelo fato de serem mais baratas do que as armas verdadeiras e também porque produzem o mesmo efeito na prática dos crimes. Enquanto uma pistola dessas custa entre R$ 300 e R$ 500, uma verdadeira chega a valer R$ 5 mil”, ressaltou.
O delegado também adiantou que a operação polímero – nome do material usado para produzir os simulacros –terá uma segunda fase. Todas as pessoas envolvidas com a compra e a venda das réplicas serão intimadas para depor na delegacia. A polícia quer saber como elas entram no país e chegam até o DF.