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Mulher do ministro Admar Gonzaga, do TSE, denuncia à polícia agressão do marido contra ela

Elida Souza Matos o acusa de agredi-la durante discussão na casa do casal, no Lago Sul. Boletim de ocorrência foi registrado na 1ª DP

atualizado

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Brasília (DF), 13/12/2016 – Prêmio Engenho 2016Local: Embaixa
1 de 1 Brasília (DF), 13/12/2016 – Prêmio Engenho 2016Local: Embaixa - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

A Polícia Civil do DF registrou denúncia de violência doméstica contra o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga Neto, 56 anos. A mulher dele, Elida Souza Matos, esteve na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), na madrugada desta sexta-feira (23/6), onde fez o boletim de ocorrência. Ela contou aos policiais que o magistrado a teria agredido, causando-lhe um ferimento no olho, durante uma discussão na casa do casal, no Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul.

O caso está sendo tratado como violência doméstica, injúria e lesão corporal. Elida disse que foi xingada por Admar, com quem convive há mais de dez anos. Segundo ela, o marido chegou a dizer que “você não serve nem pra pano de chão”. A mulher acusou o magistrado de ter jogado enxaguante bucal nela. A Polícia Militar foi acionada e a levou à delegacia. Após registrar o BO, a mulher teria requerido medidas protetivas.

Segundo o Metrópoles apurou, uma testemunha contou que embora não tenha presenciado agressão, ouviu gritos do ministro chamando a mulher de “vagabunda” e dizendo “quero que você saia de casa para eu te ver na sarjeta”.  Afirmou, ainda, que Admar seria uma “pessoa controladora” e usaria “seu status de ministro para subjugar a vítima, que é dona de casa”.

Na noite da agressão, o casal jantou na casa da ex-ministra do TSE Luciana Lóssio. No petit comité, estavam outros magistrados, que não notaram qualquer animosidade entre Admar e Élida.

A reportagem esteve na casa do casal e não conseguiu contato nem com o ministro nem com a mulher. O TSE informou que não compete à Corte tomar providências com relação ao caso e que a investigação será enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que ele tem foro privilegiado. Admar Gonzaga não foi à delegacia.

O magistrado participou do julgamento da cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer. Ministro substituto do tribunal desde junho de 2013, Admar Gonzaga Neto assumiu a vaga deixada pelo ministro Henrique Neves. A nomeação foi assinada em 31 de março. Natural da cidade do Rio de Janeiro, o magistrado nasceu em 1969 e atua na área eleitoral desde 1993. É membro do Instituto Brasileiro de Direito Eleitoral, autor de livros, professor e palestrante.

Um dos filhos de Admar com a primeira mulher é Henrique Gonzaga, 25 anos, ator brasiliense que vem se destacando em Hollywood. Sob o nome artístico de Henry Zaga, atuou na série “13 Reasons Why” e no filme “XOXO”, ambas produções da Netflix, e foi recentemente escalado em “Novos Mutantes”, próximo longa dos X-Men.

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Ministro participa de sessão
Julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE
Posse do ministro no TSE
Ministro Admar Gonzaga durante sessão plenária do TSE
Casa em que o ministro e a mulher moram, no Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul
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Admar Gonzaga e Elida Gonzaga

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Ministro participa de sessão

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Julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE

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Posse do ministro no TSE

Renato Araújo/Agência Brasília
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Ministro Admar Gonzaga durante sessão plenária do TSE

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Casa em que o ministro e a mulher moram, no Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul

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O Metrópoles esteve na residência do casal

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O ministro com a família

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Zaga é filho do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga Neto,

Divulgação

Senador Lasier
Em março deste ano, outro caso de violência doméstica envolvendo autoridades chocou a capital federal. A jornalista Janice dos Santos, 38 anos, denunciou o marido, o senador Lasier Costa Martins, 74, por injúria e violência doméstica. A ocorrência foi registrada na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam).

De acordo com a denúncia, as agressões ocorreram no apartamento em que o casal morava, na 309 Sul. A mulher contou à polícia que não é a primeira vez que teria sido agredida pelo senador. Segundo o depoimento, o parlamentar já a teria atacado física e moralmente por diversas vezes, embora ela não tivesse registrado boletim de ocorrência.

A mulher afirmou que passou por uma cirurgia na última semana e que após a operação os conflitos se agravaram. As discussões seriam motivadas por traições. Na época, o senador negou as acusações. Ele afirmou que se defendeu de uma agressão e que a própria mulher teria se ferido para forjar a situação.

Colaborou Carlos Carone

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