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Mal-estar entre secretária da SSP e coronéis da PM provoca exoneração

O coronel Cláudio Carvalho, que ocupava o cargo de secretário-adjunto da pasta, deixou a função após uma reunião em que eram discutidas ações no Torre Palace Hotel

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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Órgão que deveria cumprir o papel de integrar as forças de segurança e coordenar ações conjuntas, a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social está cada vez mais distante da Polícia Militar. A relação jamais foi das melhores. Os militares nunca viram com bons olhos o fato de a psicóloga Márcia Alencar comandar a pasta. A relação azedou de vez após um bate-boca ocorrido durante uma reunião na quinta-feira (3/6) para tratar da desocupação do Hotel Torre Palace. O resultado foi a exoneração, a pedido, do coronel Cláudio Carvalho, que ocupava o cargo de secretário-adjunto da pasta.

A confusão que culminou com a saída de Carvalho ocorreu quando um grupo de coronéis aguardava o comandante-geral, coronel Marcos Nunes ,do lado de fora da SSP, para entrarem todos juntos para a reunião. Como Nunes estava atrasado, os oficiais resolveram entrar na sala e foram recebidos pela secretária Márcia com cara de poucos amigos. A chefe da segurança reclamou, dizendo que todos estavam atrasados e que seria necessário repetir tudo que já havia sido tratado.

Um dos coronéis tentou explicar que, por questão de hierarquia militar, estavam aguardando o comandante. A secretária teria dito que, naquela reunião, ela era a autoridade. Com a resposta, pouco a pouco, os oficiais, que comandam a tropa de 14 mil homens foram deixando a sala. Quem assumiu o lugar de Carvalho foi outro coronel, Márcio Pereira da Silva, que ocupava a Subsecretaria de Integração de Operações de Segurança Pública (Siosp).

O outro lado
O chefe da Casa Militar, coronel Cláudio Ribas, contou ao Metrópoles outra versão para a saída de Carvalho. Segundo ele, uma corrente contrária ao governo que existe dentro da PM estaria “plantando” essa informação. O militar esclareceu que há alguns meses, a ida de Carvalho para a chefia de segurança do Metrô vinha sendo costurada.

O pedido havia sido feito pelo presidente do órgão, Marcelo Dourado, ao governador Rodrigo Rollemberg (PSB). “Carvalho se aposentou na PM em 21 de abril e há 10 dias ele está afastado da SSP aguardando a exoneração, que ocorreu ontem. Todos já sabiam que ele iria para o Metrô. A discussão entre a Márcia de Alencar e os coronéis não tem nada a ver com a saída do Carvalho”, explicou.

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