Homem leva facada no peito no Parque da Cidade nesta terça (4/10)
O morador de rua de 29 anos foi socorrido por um jornalista que passava no local e levado para o Hospital de Base em estado grave
atualizado
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Um morador de rua levou uma facada no peito no começo da tarde desta terça-feira (4/10) em uma das entradas do Parque da Cidade. Ele foi socorrido por um jornalista que passava no local e encaminhado para o Hospital de Base do DF (HBDF) em estado grave. O suspeito foi preso pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) e teria confessado a tentativa de homicídio. Ele entregou a faca utilizada no crime.
Segundo a polícia, o homem esfaqueado é Carlos Farias dos Santos, 29 anos. O criminoso, identificado como Moisés Campelo de Miranda, também morador de rua, informou aos policiais que conhecia a vítima e os dois teriam se desentendido. Por isso, acertou Carlos no peito por volta das 12h desta terça. Logo após o crime, ele foi preso em flagrante.O jornalista Morillo Carvalho passava pelo Parque pouco depois do crime e foi abordado na altura da 910 Sul por dois homens que pediam ajuda. Um deles era Carlos. “Do peito jorrava muito sangue e ele estava todo banhado. Me pediu para ir ao hospital, enquanto o outro, ao celular e aos berros, me dizia que ele estava morrendo. Abri a porta do carro para ele entrar e saí correndo, levando apenas o ferido. Entreguei-o imediatamente ao setor de traumas. Não havia ninguém para ajudar a colocar o homem na maca que, por sorte, estava ali”, disse em relato no Facebook.
Segundo Carvalho, durante o caminho para o hospital, a vítima já apresentava estado grave. “A única coisa que pude saber desse homem é que se chama Carlos. Em dado momento, no caminho, Carlos tirou a mão do ferimento e o sangue jorrou feito torneira. As marcas estão em todo o meu carro. Imediatamente ele entrou em sono profundo, roncando alto, e eu não podia fazer mais nada a não ser gritar para ver se ele acordava e dirigir. Os gritos não deram certo, continuei então o caminho ao hospital enquanto ele caía pelas minhas costas. Depois disso tudo e sem saber o que mais fazer, fui embora. Foi das coisas mais surreais que já vi e vivi… Espero, de coração, que Carlos esteja bem agora. Senti por alguns momentos que ele não resistiria até o hospital”, completou no relato.