Em primeira mão: Polícia Civil prende suspeitos de matar servidor do Senado na porta de escola no Guará II. Veja vídeos
Eli Roberto Chagas foi morto em 2 de fevereiro enquanto esperava os filhos saírem da aula. O carro dele foi roubado. Entre os presos estão dois irmãos maiores de idade
atualizado
Compartilhar notícia
Nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (17/2), agentes da Polícia Civil foram às ruas capturar os suspeitos de matar Eli Roberto Chagas, morto em 2 de fevereiro enquanto esperava os filhos na porta da escola. O crime ocorreu no estacionamento do colégio Rogacionista, na quadra QE 38, do Guará II. Filype Espíndola, 22 anos, acusado de matar o servidor do Senado; Milton Espíndola, 25, irmão de Filype, que ajudou na fuga; e Márcio Marçal, 35 anos, cabeça da quadrilha, foram presos em Valparaíso (GO), numa casa alugada. O trio era especializado no roubo e desmanche de veículos.
A polícia chegou ao grupo depois de denúncias anônimas e analisar imagens de câmeras de segurança dos locais onde os criminosos passaram. Eric Seba, diretor-geral da Polícia Civil do DF (PCDF), disse que as prisões são uma resposta à sociedade: “Foi um crime bárbaro. Apesar das especulações sobre a demora nas investigações, acredito que a polícia fez um trabalho extremamente técnico.” Homens da Divisão de Operações Especiais (DOE) e o helicóptero da corporação ajudaram nas buscas e prisão dos suspeitos.Veja o vídeo com a chegada dos presos:
O crime
O latrocínio (roubo seguido de morte) foi registrado por volta das 11h40. Na época do crime, a polícia chegou a divulgar que um adolescente vestido com uniforme de outra escola teria anunciado o assalto e levado o Corolla prata de placa PAN-3286, que a vítima havia acabado de retirar da concessionária. O menor teria disparado três vezes, sendo que apenas um dos tiros acertou Eli, que era servidor do Senado Federal.
O servidor saiu do carro logo que foi abordado e correu, sendo atingido em seguida. Eli era pai de dois alunos na escola – um rapaz do primeiro ano do ensino médio e uma menina do ensino fundamental.
Helinton Chagas, um dos irmãos de Eli, esteve na 4ª Delegacia de Polícia no Guará na manhã desta quarta para obter informações sobre a prisão. “Sabemos que não vai trazer ele de volta. Eles vão cumprir alguns anos na prisão, mas para a família a pena é perpétua”, disse.
Perfil falso
Uma polêmica envolve o nome do servidor na internet: um perfil no Facebook com as informações dele está ativo e comenta em posts na rede social. Além do nome e da foto, a página traz detalhes como a profissão e a região administrativa em que Chagas morava. A formação acadêmica do analista também está discriminada.
A página publicou, na última sexta-feira (12/2), um link para um livro que trata da libertação da alma no plano pós-morte. De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o perfil não será investigado por não se tratar de crime. Ainda segundo a corporação, cabe ação cível por danos morais e violação de imagem. No entanto, para que a página seja retirada do ar, os familiares devem entrar com um processo na Justiça.