Em Águas Claras, bandidos roubam até as rodas dos carros

Não passava de 6h da manhã desta quarta-feira (1º/2) quando a servidora Aline Guedes, 39 anos, teve um susto. Ao retornar de seus exercícios físicos na região do Park Way de Águas Claras, ela percebeu que um ladrão estava levando as rodas do carro de uma amiga, estacionado próximo a um posto desativado da polícia.

Ao se aproximar, o criminoso sacou um revólver e ameaçou Aline, que nada pôde fazer. Após o ladrão ir embora, a servidora tentou entrar em contato com a polícia por três vezes no 190. Mas, segundo ela, os atendentes não deram atenção. “Eles ficavam conversando entre si e me deixaram em espera”, revolta-se. Coube à amiga chamar o guincho para levar o carro (foto em destaque), que ficou sem as quatro rodas.

A cena, que parece absurda, é na verdade bastante frequente na região. Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSP), Águas Claras está entre os locais em que esse tipo de crime é mais comum.

No ano passado, foram registrados 768 furtos a veículos na região administrativa — média de dois por dia. As estatísticas incluem os roubos de rodas. O número absoluto é menor apenas que o de Ceilândia (1.280) e o de Taguatinga (1.394).

Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social informou que Águas Claras conta com “uma média de 60 homens por dia e 12 viaturas somente do 17° Batalhão. Esse efetivo é considerado suficiente para o policiamento na região”.

Além disso, ressalta a SSP, “como forma de aumentar o policiamento no DF, está em andamento um edital para a contratação de 200 novos oficiais da PM e um outro edital para contratar a banca examinadora que será responsável pelo andamento de concurso público para a contratação de 2 mil soldados”.