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Delegado inflama greve dos policiais: leva oficial de Justiça para notificar Sinpol

Atitude revoltou integrantes da diretoria do sindicato. Em vídeo, presidente do Sinpol esbraveja que “jogaram gasolina” no movimento

atualizado

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A paralisação dos agentes da Polícia Civil, que já enfrentava resistência da Justiça, agora gera mal- estar dentro da própria corporação. Na tarde desta quinta-feira (10/9), um delegado “deu uma forcinha” para que um oficial de Justiça notificasse a direção do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) sobre a ilegalidade da greve, que começou dia 1º de setembro.

O delegado Lúcio Valente levou o oficial até o trabalho de um dos diretores do Sinpol, que atua no prédio da antiga Corregedoria de Polícia, no Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA). O Tribunal de Justiça do Distrito Federal havia determinado que os policiais voltassem ao trabalho e estipulou multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento. O sindicato alegava que ainda não havia sido oficialmente notificado sobre a decisão.

O Sinpol questiona a notificação feita diretamente no local de trabalho de um dos diretores do sindicato. Em um vídeo gravado em frente à unidade, o presidente do Sinpol, Rodrigo Fernandes Franco, diz que o comportamento do delegado inflamou o movimento. “O que ele ganha jogando contra a categoria? Por que não deixou o oficial de Justiça fazer o trabalho dele? Notificando, correndo atrás da diretoria?”, questiona.

Gaúcho, como é conhecido, usa o vídeo para convocar todos para a assembleia marcada para esta sexta-feira (11/9), em frente ao Palácio do Buriti. “Não temos que recuar, temos que ir para cima, senão vamos perder. Jogaram gasolina no nosso movimento”, diz.

Ao Metrópoles, o presidente admite que gravou o vídeo em um momento de revolta. Recua e diz que não é bom colocar mais lenha na fogueira. Franco não revela o nome do diretor que foi notificado. Garante que a decisão sobre a continuidade da greve será dos agentes.

“A categoria está revoltada com a postura do governador, que tenta resolver o problema com o judiciário. Isso só gera mais ansiedade”, afirma.

Em nota, a Direção-Geral da Polícia Civil informou que o Tribunal de Justiça havia solicitado apoio para acompanhar o oficial no cumprimento da determinação judicial, “em respeito à instituição policial civil, uma vez que poderia ser necessário acesso a unidades policiais, o que foi deferido pela direção”.

Movimento
Dois dias depois do início da paralisação, o GDF protocolou uma ação pedindo o fim do movimento, sob pena de multa. A Justiça considerou a greve ilegal. Mesmo com a decisão, apenas flagrantes considerados graves são registrados.

Entre as reivindicações dos policiais estão a isonomia de carreira em relação à Polícia Federal, a nomeação de aprovados no concurso de 2013 e a recuperação de perdas inflacionárias nos salários.

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