Analista do Ministério da Cultura é morta em assalto na Asa Norte
Testemunha contou que Maria Vanessa entregou a bolsa aos bandidos e disse que eles podiam “levar tudo”. Porém, acabou esfaqueada
atualizado
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A analista do Ministério da Cultura e mestranda da Universidade de Brasília (UnB) Maria Vanessa Veiga Esteves, 55 anos, foi assassinada por volta das 23h desta terça-feira (8/8), quando chegava em casa, na 408 Norte. Segundo informações da Polícia Militar, ela foi abordada por dois homens no estacionamento do bloco em que residia. Os bandidos pediram a bolsa dela. Mesmo não reagindo, a mulher foi atingida por golpes de faca e não resistiu.
Uma testemunha contou aos policiais que Maria Vanessa entregou a bolsa aos bandidos e disse que eles podiam “levar tudo” e “não precisa disso”. Porém, um deles a teria agarrado e o outro a esfaqueado nas costas. O crime ocorreu no estacionamento entre os blocos B e C. De acordo com os vizinhos, a mulher morava sozinha. O carro dela foi levado para a perícia.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a atender a vítima, mas ela não resistiu aos ferimentos. A polícia procura pelos suspeitos do crime, que deixaram a faca no local. Eles levaram a bolsa e o celular da mulher. No chão do estacionamento e na calçada, restaram poças de sangue (foto de destaque). Imagens feitas pelos sistemas de segurança dos blocos foram recolhidas pela Polícia Civil.
Perfil
Segundo os vizinhos, Maria Vanessa é de Minas Gerais. Aluna do Mestrado de Comunicação Social da UnB, ela estudava jornalismo. Era pós-graduada em Comunicação e Imagem pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC RJ) e História da Filosofia (Mosteiro de São Bento – Rio de Janeiro). Graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), realizava pesquisa sobre as blogueiras de moda.
Atualmente, trabalhava na Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura, na análise de projetos culturais patrocinados pela Lei Rouanet.
Latrocínios
A ocorrência foi registrada como latrocínio (roubo seguido de morte) e está sendo investigada pela 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte). De janeiro a julho deste ano, segundo dados da Secretaria de Segurança e da Paz Social, 20 brasilienses morreram vítimas de latrocínio. No mesmo período de 2016, foram 28 ocorrências.
O último latrocínio registrado no DF foi o do comerciante Clodoaldo Alencar, 47 anos, atingido por um tiro na cabeça quando estava dentro de sua loja de revenda de motos, em Sobradinho, durante um assalto na quinta-feira (3).
Segundo a polícia, o ladrão queria a chave de uma das motos. Como não conseguiu, atirou contra a vítima, que morreu dois dias depois.