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Agentes penitenciários do DF suspendem greve, mesmo sem reajuste

A suspensão, segundo o sindicato dos agentes, foi uma sinalização de boa vontade às promessas do GDF. Greve pode ser retomada

atualizado

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1 de 1 agente - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

Em assembleia realizada nesta quarta-feira (2/11), o Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias do Distrito Federal (Sindpen-DF) decidiu suspender a greve que ocorria desde o último dia 10 de outubro.

Segundo os sindicalistas, foi uma “demonstração de boa vontade” do movimento com algumas promessas feitas pelo GDF. Entre elas, ficou acertado que o governo vai enviar à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), até sexta-feira (4/11), projeto de lei que reestrutura a carreira. Além disso, será produzido um relatório de insalubridade do trabalho dos agentes até o próximo dia 10/11.

“Caso essas promessas não sejam cumpridas, iremos retomar a greve imediatamente. Isso também foi decidido na assembleia”, alertou o vice-presidente do Sindpen, Cleber Virginio.

Reajuste continua sendo negociado
A suspensão da greve ocorreu mesmo sem o GDF se comprometer com uma das principais reivindicações dos agentes, que era um reajuste de aproximadamente 16% no salário.

Segundo os sindicalistas, esse é um compromisso que havia sido acordado com o governo anterior, de Agnelo Queiroz, em 2013, e envolvia aumentos anuais até 2015 — o que não ocorreu no ano passado.

“Vamos continuar negociando esse tema com o governo. Não abandonamos a pauta, apenas fizemos uma sinalização de boa vontade”, afirmou Virginio. Os sindicalistas afirmaram que voltarão à normalidade a partir desta quinta-feira (3/11).

Histórico do movimento
O movimento da categoria começou no dia 10/10 e, segundo a Secretaria de Segurança Pública, foi considerado ilegal pela Justiça. Em caso de desrespeito, a multa diária podia chegar a R$ 100 mil. O presidente do Sindpen-DF, Leandro Allan, disse, na época, que a entidade iria recorrer ao Judiciário.

A greve, desde então, trouxe reflexos para o dia a dia das penitenciárias, sobretudo a Papuda. Na manhã desta terça-feira (2/11), os parentes dos detentos foram impedidos de fazer visitas — que haviam sido confirmadas no dia anterior pela Subsecretaria do Sistema Penitenciário do DF (Sesipe). Foi alegada “falta de efetivo” para que houvesse visitação.

Em outro caso, na terça-feira (25/10) da semana passada, 95 presos de alta periculosidade, que estavam no Departamento de Polícia Especializada (DPE), deveriam ter sido transferidos para a Papuda, onde agentes penitenciários e Polícia Civil se negaram a recebê-los. O comboio, porém, furou o bloqueio e a transferência foi efetivada.

Visitas serão retomadas
A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social informou na tarde desta quarta-feira (2/11) que as visitas à Papuda serão retomadas na sexta-feira (4/11). Os parentes de presos estiveram impedidos de visitá-los durante todo o dia de hoje.

Segundo comunicou a Secretaria, nesta quinta-feira (3/11) serão feitas as agendas para repor as visitas suspensas durante o feriado.

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