Secretaria das Cidades não vai sair da planta baixa
Sem possibilidade de contratar, Rollemberg não conseguirá criar a pasta e vai designar cinco “interlocutores” para fazer a ponte com as administrações regionais
atualizado
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A criação da Secretaria das Cidades, anunciada em fevereiro pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB), vai continuar apenas no discurso. São duas as justificativas oficiais: o Executivo não pode contratar pessoal devido às restrições impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e, justamente por falta de servidores, seria inviável promover um remanejamento de funcionários a fim de viabilizar a formação de mais um órgão.
“A ideia da Secretaria das Cidades não está sepultada, mas, por ora, não temos como criá-la”, disse o secretário Sérgio Sampaio, chefe da Casa Civil, acrescentando que há uma dificuldade muito grande em mexer na estrutura das pastas atualmente, devido a quantidade de cortes realizados.A solução temporária encontrada pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB) foi indicar cinco nomes para fazer a interlocução entre as administrações e as empresas que prestam serviços para o governo. A ideia é estreitar os laços entre o GDF e as administrações.
Os escolhidos foram Alexandre Lopes, chefe de gabinete nomeado nesta quarta-feira (13/4); Igor Tokarski, secretário adjunto de Relações Institucionais e Sociais; Eduardo Rodrigues, administrador do Paranoá; Marlon Costa, assessor especial de Rollemberg; e Mariana Salles, assessora especial do gabinete da Casa Civil e filha de Paulo Salles, diretor-presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa) e ex-secretário de Ciência e Tecnologia.
Mesmo com as novas atribuições, Tokarski continua trabalhando na articulação com os deputados distritais. José Flávio de Oliveira, aliado histórico da família Roriz o ajudará. Ele assume as atribuições subsecretário de Relações Legislativas, Sérgio Nogueira, que vai para a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). Até meados de novembro, José Flávio atuava como secretário executivo da vice-presidência da Câmara Legislativa, cargo vinculado à deputada distrital Liliane Roriz (PTB). Em dezembro de 2015, ele assumiu o cargo de assessor especial (CNE-3) da Casa Civil.
A proposta de criar a Secretaria das Cidades surgiu a partir da demanda dos 25 administradores regionais, que reclamam da falta de funcionários. A pasta ajudaria os órgãos a fazer a interlocução com o Buriti. Hoje, as administrações estão vinculadas à Secretaria de Gestão do Território e Habitação (Segeth) e à Coordenadoria das Cidades, da vice-governadoria.