Sistema fora do ar complica atendimento de pacientes nos hospitais
Trakcare está sem operar em pelo menos 36 unidades. A instabilidade também teria atingido grandes hospitais do DF
atualizado
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Essencial para controlar toda a evolução do atendimento de pacientes e a tramitação de documentos nas unidades de saúde do Distrito Federal, o sistema conhecido como Trakcare está fora de operação em pelo menos 36 locais. A instabilidade também teria atingido grandes hospitais, segundo denúncia feita por servidores da área.
O sistema é usado para abrir o prontuário dos pacientes que dão entrada em qualquer unidade de saúde, fazer a classificação de risco, emitir pedidos de exames para os laboratórios da rede, entre outras ações. Sem ele, servidores precisam improvisar para não prejudicar os atendimentos.
De acordo com um um funcionário acostumado a operar o sistema em um dos hospitais do DF, o atendimento aos pacientes ficou ainda mais lento. “Todos os procedimentos que ocorrem dentro do hospital passa pelo Trakcare. Sem o funcionamento, tudo fica mais complicado. Até o resultado dos exames que antes tramitavam pelo sistema demoram mais para chegar ao conhecimento do paciente”, disse.O Metrópoles teve acesso a trechos de conversas por meio do Whatsapp em que servidores de diferentes hospitais e laboratórios reclamam da instabilidade do sistema. Em função do problema, o serviço cai toda hora, dizem. Um deles, que trabalha no laboratório do Hospital de Santa Maria, chegou a falar no grupo que, sem o Trakcare, o atendimento “se transformou em um caos”.
A reportagem conversou com o coordenador de Tecnologia da Secretaria de Saúde, Ney Santos, sobre a falha do sistema nas unidades de saúde. Segundo ele, os postos de saúde e unidades menores que contavam com um serviço de internet tiveram o contrato suspenso e perderam a capacidade de operá-lo.
“A empresa não quis fazer uma repactuação do contrato e reduzir os valores. Com isso, ficamos sem o acesso. Estamos instalando links com uma nova conexão para que esses 36 locais voltem a usar o sistema”, explicou.
O coordenador ainda ressaltou que o sistema está funcionando normalmente em grandes unidades como os hospitais de Base, Taguatinga e Ceilândia. “Essas unidades têm o sistema interligado à rede do GDF, toda em fibra ótica e com um rápido tráfego de dados. Não existe instabilidade”, garantiu.
No entanto, em 16 de janeiro deste ano, a falha no sistema prejudicou o atendimento no Hospital Regional do Gama (HRG). Segundo a Secretaria de Saúde, houve lentidão no acolhimento de pacientes durante a manhã porque as guias de atendimento de emergência passaram a ser preenchidas manualmente.
Em nota, a pasta informou que o problema ocorreu por conta da instabilidade no sistema Trackcare. Mas disse que a equipe de tecnologia da informação da secretaria já havia feito o reparo do sistema.