Secretaria de Saúde lança plano de enfrentamento ao mosquito Aedes Aegypti
Ação vai começar, na segunda-feira (14/12), em Sobradinho II e irá percorrer as cidades do DF. Caso sejam encontrados focos de transmissão do mosquito, os proprietários poderão ser multados
atualizado
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O temor de que o zika vírus se espalhe pelo Distrito Federal motivou a Secretaria da Saúde a elaborar um plano de enfrentamento ao mosquito Aedes Aegypti, responsável também pela transmissão do micro-organismo. A partir de segunda-feira (14/12), 600 agentes da Vigilância Ambiental e 100 da Vigilância Sanitária, com o suporte de 100 militares do exército, 50 da marinha e 50 dos bombeiros, vão iniciar a força-tarefa de controle do vetor. A primeira cidade que receberá a ação é Sobradinho II. A concentração vai começar às 8h no prédio da administração regional.
“Pretendemos visitar todas as casas do Distrito Federal até 31 de janeiro”, afirmou o secretário de saúde do DF, Fábio Gondim, em entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta-feira (9/12). Caso sejam encontrados focos de transmissão do mosquito nas residência e empresas visitadas, os proprietários poderão ser notificados. A multa pode variar de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão. Somente este ano, 30 pessoas físicas já foram autuadas.
O programa elaborado pela pasta tem quatro eixos – educação e prevenção, vigilância, mobilização social e assistência – e contará com o suporte da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap). Assim como vem ocorrendo em outras unidades da federação, será inaugurada em Brasília uma central de monitoramento das doenças transmitidas pelo mosquito. O combate também será intensificado com o uso do carro fumacê.
Até a última atualização desta matéria, a Secretaria registrou 13 casos suspeitos de febre pelo zika vírus no DF e 11 deles foram descartados. A pasta confirmou apenas dois casos. Ainda segundo o órgão, essas pessoas infectadas tiveram contato com o micro-organismo em Salvador (Bahia) e Teresina (Piauí).
No último domingo (6/12), um bebê nasceu com microcefalia no Hospital Anchieta, em Taguatinga. Após uma investigação, a Secretaria de Saúde descartou a associação do vírus à doença.
Mulheres grávidas podem sofrer com a presença do vírus no organismo, por conta de evoluções possíveis, como a microcefalia. Os sintomas são febre, mal-estar, dores nas articulações e erupções cutâneas com pontos vermelhos (mais intensas que as da dengue) e costumam durar, em média, sete dias.
Dengue e chikungunya
Transmitidas pelo mesmo mosquito, a dengue e a chikungunya também são alvos de preocupação das autoridades. Em 2015, já foram registrados 9.364 casos de dengue em pessoas que moram na capital. No ano passado, a Secretaria confirmou 11.566 ocorrências. As regiões administrativas com maior incidência da doença são Planaltina e Sobradinho II. Com relação à chikungunya, houve 15 ocorrências notificadas até esta semana.