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Brazlândia registra 55 casos de dengue em 111 atendimentos feitos em tendas ao lado do hospital regional

Estrutura montada fora da unidade é especializada na doença. São Sebastião também deve receber, na semana que vem, a iniciativa

atualizado

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Dênio Simões/Agência Brasília
unidade de atenção dengue
1 de 1 unidade de atenção dengue - Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

Na manhã desta quinta-feira (11), a unidade de atenção à dengue de Brazlândia começou a funcionar e, ao longo do dia, houve 111 atendimentos. Foram usados 101 testes rápidos para diagnóstico da doença, sendo 45 positivos. Outros dez casos de dengue tiveram confirmação por exame clínico.

Cinco médicos iniciaram o atendimento, que será feito de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, com possibilidade de ampliação para os fins de semana, se houver necessidade. Há capacidade para até 250 pacientes diariamente.

A exemplo de Brazlândia, o Hospital Regional de São Sebastião terá uma unidade de atenção à dengue — tendas de apoio para o diagnóstico da doença. A montagem está prevista para a semana que vem. Segundo o secretário de Saúde, Fábio Gondim, falta apenas estabelecer o dia exato. Ele disse ainda que outras regiões administrativas com alta incidência do mosquito Aedes aegypti, como Planaltina e Santa Maria, podem receber a estrutura posteriormente.

Parte dos profissionais de saúde é da atenção primária da própria região de Brazlândia, mas equipes da atenção primária de Ceilândia, do Guará, do Núcleo Bandeirante, do Recanto das Emas, de Samambaia e de Taguatinga entrarão na escala para garantir o fluxo no atendimento. “Enquanto houver demanda que justifique, seguiremos com essa unidade. Pelo menos até abril ou maio”, afirmou Gondim.

Brazlândia foi escolhida para receber a unidade de atenção à dengue por ser a região administrativa com o maior índice da doença em 2016, e São Sebastião é a segunda localidade com mais casos confirmados neste ano no Distrito Federal, de acordo com boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde.

Estrutura
A princípio seriam três tendas — 10 leitos e quatro consultórios —, mas uma quarta barraca de lona foi montada. De acordo com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), responsável pela estrutura, essa última serve de acomodação para as pessoas que aguardam ser chamadas ou esperam pelos resultados dos exames.

Ao chegar à unidade, o paciente passa por uma avaliação clínica. Em caso de suspeita da dengue, são feitos a testagem rápida e o hemograma. Os resultados desses testes demoram de 20 minutos a uma hora. Se confirmada a enfermidade, é iniciada a hidratação. Caso o paciente esteja com suspeita de febre chikungunya ou zika, é redirecionado ao hospital, onde são feitos exames específicos.

Incentivo familiar
Há três dias com dores de cabeça, febre constante e mal-estar, o motorista de ônibus José Bonfim, de 31 anos, teve o incentivo da família para procurar atendimento médico. “Um colega que mora próximo da minha casa, na Vila São José, está com dengue. Minha esposa ficou preocupada e praticamente me obrigou a fazer os testes”, conta.

Ele garante que tem tomado as medidas de segurança para evitar a proliferação do mosquito, mas sabe que, se um vizinho deixar de adotar ações para evitar água parada, todos os moradores das proximidades estarão em risco.

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