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Operação Drácon: depoimentos podem explicar origem do escândalo

Genésio Vicente, que integra a Comissão de Planejamento de Elaboração Orçamentária (CPEO) da Câmara Legislativa, e o chefe de Elaboração Orçamentária da Casa, Glauco Azevedo, prestam esclarecimentos ao MP na tarde desta quinta-feira (8/9)

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Fachada do Prédio do MPDFT
1 de 1 Fachada do Prédio do MPDFT - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

As investigações sobre o suposto esquema de pagamento de propina para favorecer empresas que prestam serviços de UTIs na rede pública seguem em ritmo acelerado no Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). Na tarde desta quinta-feira (8/9), duas pessoas consideradas peças-chave no processo de investigação irão prestar esclarecimentos aos promotores que atuam na Operação Drácon. Genésio Vicente, que integra a Comissão de Planejamento de Elaboração Orçamentária (CPEO) da Câmara Legislativa, e o chefe de Elaboração Orçamentária da Casa, Glauco Azevedo, comparecerão ao MP às 14h e 16h, respectivamente.

Os depoimentos fazem parte da série de oitivas que o MPDFT está colhendo de pessoas supostamente envolvidas no desvio de emenda para a saúde, investigado após divulgação de grampos pela distrital Liliane Roriz (PTB).

Há informações de que, no fim de 2015, Genésio fez um levantamento das sobras orçamentárias e determinou que Glauco destinasse R$ 24 milhões para a reforma de escolas públicas. O pedido teria partido do deputado Júlio César (PSD). O recurso seria destinado a obras e reparos nas unidades de ensino.

Contudo, pouco tempo depois, Valério Neves, então secretário-geral da Câmara, teria dado uma nova ordem. O valor de R$ 24 milhões saltou para R$ 31 milhões, e a destinação da emenda não seria mais para as escolas e sim para o pagamento de dívidas de UTIs da rede pública. As alterações teriam chamado a atenção de Genésio, que já foi lotado na Divisão de Orçamento, Finanças e Contabilidade da Câmara. Tanto ele quanto Glauco poderão explicar o caminho da emenda, pivô do escândalo.

Entenda o caso
O suposto esquema veio à tona após a divulgação de grampos feitos por Liliane. Ela teria começado a gravar conversas com colegas no fim de 2015, quando os parlamentares decidiam sobre o que fazer com uma sobra orçamentária da Casa. Em um primeiro momento, os recursos seriam destinados ao GDF para custear reformas nas escolas públicas. De última hora, no entanto, o texto do projeto de lei foi modificado e o dinheiro — R$ 30 milhões de um total de R$ 31 milhões — acabou realocado para a saúde.

Na ocasião, Liliane teria questionado a então presidente da Câmara, Celina Leão (PPS), sobre a mudança na votação. No áudio, é possível ouvir Celina falando que o “projeto” seria para um “cara” que ajudaria os deputados. A presidente da Casa disse ainda que Liliane não ficaria de fora: “Você (Liliane) tá no projeto, entendeu? Você tá no projeto. Já mandei o Valério (Neves, ex-secretário-geral da CLDF) falar com você.” Após as denúncias e a Operação Drácon, a Justiça determinou o afastamento de toda a Mesa Diretora da Casa.

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