Novo calote do GDF em sistema de Home Care ameaça continuidade do programa que atende 39 pacientes
Sem receber o valor relativo a dezembro, empresa afirma que vai paralisar o atendimento no início deste mês. Pacientes receberam um e-mail da Secretaria de Saúde informando que não poderiam ser readmitidos no serviço
atualizado
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Mais uma vez em menos de dois meses, o sistema Home Care corre o risco de ter o atendimento descontinuado para os 39 pacientes do Distrito Federal. A iniciativa possibilita a permanência de doentes de alta complexidade em ambiente familiar enquanto utilizam equipamentos médicos. Sem receber o pagamento de dezembro, empresa afirma que não pode continuar o serviço. Pacientes receberam um e-mail da Secretaria de Saúde informando suspensão do atendimento.
Com a crise financeira que vem minando a saúde pública da capital, o GDF deixou de pagar o valor relativo ao mês de dezembro à empresa responsável, a Viventi Home Care. “Já usamos todo o nosso dinheiro para que o atendimento à população não pare. Portanto, se o pagamento não for realizado, iremos suspender a atividade até o início de janeiro”, explica Gino Viventi, diretor da companhia.Como se trata de um contrato emergencial, feito sem licitação, a empresa não tem um período fixo de atuação no Home Care de Brasília. Portanto, a Viventi pode deixar de oferecer os serviços a qualquer momento.
Na segunda-feira (28/12), os pacientes receberam um e-mail da Secretaria de Saúde do Distrito Federal informando que não poderiam ser readmitidos no sistema Home Care, pois o contrato com a empresa estaria vencido. No mesmo documento, a pasta informa que está em andamento uma contratação emergencial para a permanência do atendimento – sem confirmar a data para a conclusão do processo.
Em nota ao Metrópoles, a Secretaria de Saúde afirmou que já foram pagos R$ 3,4 milhões à empresa por conta de débitos acumulados ao longo do ano e que está prevista a quitação da dívida ainda este mês, permitindo a continuidade do sistema Home Care.
Em novembro, o Metrópoles mostrou o drama de pacientes que estavam com o serviço ameaçado por atraso no pagamento. Na ocasião, a dívida com a empresa era de R$ 6,2 milhões.