Nem bem assumiu já teve que se explicar. Novo secretário de Saúde é suspeito de manter contas com R$ 5,1 milhões na Suíça
Humberto Fonseca nega a denuncia e diz: “Não tenho e nunca tive contas no HSBC, nem no Brasil, nem na Suíça e nem em nenhum outro lugar do mundo”
atualizado
Compartilhar notícia
Nem bem teve o nome anunciado, o novo secretário de Saúde do Distrito Federal, Humberto Lucena Pereira da Fonseca, já teve que dar explicações sobre o seu passado. Ele é acusado de integrar a lista dos 8.667 brasileiros correntistas do HSBC na Suíça. Fonseca teria mantido contas em Genebra em 2006 e 2007. Outro questionamento em relação ao titular da pasta é com relação a sua jornada de trabalho e remuneração, já que trabalharia no Senado e em outros dois hospitais da rede pública de saúde do DF.
Durante a coletiva desta quarta-feira (2/3), em que o governador Rodrigo Rollemberg anunciou a nomeação, Fonseca destacou que a denúncia é equivocada. “A reportagem que saiu há um ano sobre a lista que continha o meu nome veio da empolgação de uma jornalista. Lançaram uma série de informações incorretas e imprecisas sobre a minha vida. Não tenho e nunca tive contas no HSBC, nem no Brasil, nem na Suíça e nem em nenhum outro lugar do mundo”, ressaltou.Ele completou justificando que, quando ficou sabendo da denúncia envolvendo o HSBC, estava na Antártica representando a diretora-geral do Senado.
Fonseca trabalhou em 2014 no Senado como diretor geral-adjunto de Contratações recebendo salário de R$ 26 mil. Segundo a reportagem publicada pelo jornal “O Globo”, em 2015, o novo secretário de Saúde mantinha uma conta conjunta com seu pai em Genebra. Os valores depositados nas duas contas somavam R$ 5,1 milhões. Os endereços vinculados ao banco eram do bairro de São Bento (MG).
A nomeação de Fonseca no Senado foi feita pelo então diretor da Casa, o agora deputado distrital Agaciel Maia (PTC), que também é investigado por fazer contratos superfaturados e por manter funcionários-fantasmas.