MP cobra da Secretaria de Saúde informações sobre caso do bebê Artur
Como foi noticiado na terça-feira (12/7), pelo Metrópoles, o menino precisa fazer uma cirurgia cardíaca imediatamente. O governo, no entanto, ainda não tem previsão de quando a operação deve ser realizada
atualizado
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O Ministério Público, junto com o MP de Contas do DF, pediu à Secretaria de Saúde esclarecimentos sobre o atendimento ao pequeno Artur Dias, de cinco meses. O menino, que tem síndrome de Down, também sofre com três sopros no coração, desvio de septo total, hipertensão pulmonar, além de problemas nas válvulas cardíacas, e aguarda uma cirurgia urgente na rede pública do DF.
No documento, o MP questiona por que Artur ainda não foi operado e pede uma previsão de quando o procedimento será feito. Solicita também informações sobre outros recém-nascidos em situação similar à de Artur que aguardam leitos para cirurgias cardíacas no DF.O ofício do Ministério Público foi entregue à Secretaria de Saúde em 6 de julho e pedia que as informações fossem entregues em 48 horas. A pasta, no entanto, só deu retorno ao requerimento na última segunda-feira (11), pedindo mas cinco dias de prazo para responder aos questionamentos.
Nesta quarta-feira (13), o MP aceitou a solicitação do GDF, desde que não haja “prejuízo das ações cabíveis para, com base na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente, adotar, imediatamente, todas as providências necessárias para resguardar a vida e a saúde do menor citado”, diz o documento.
Conheça o caso
Artur Dias tem problemas cardíacos congênitos e, desde que nasceu, tem vivido uma rotina de entradas e saídas de hospitais. A cirurgia pela qual ele espera é urgente e a mãe, Débora Mendes, 27 anos, tem ficado casa vez mais apreensiva. “O médico me disse que ele precisa fazer a operação até, no máximo, os seis meses de vida. Ele completa essa idade no próximo dia 24 de julho. Se ele não conseguir a operação, vai ter que fazer um transplante, o que pode ser ainda mais difícil”, desabafa.
Em nota, a Secretaria de Saúde do DF afirmou que Artur “está regulado para leito de UTI no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal” e que “em cirurgias desse porte é praxe que o paciente seja encaminhado a um leito de retaguarda para monitoramento intensivo”. Alega ainda que “o paciente tem recebido, no Hospital Regional de Taguatinga, toda a assistência necessária para que o quadro clínico se mantenha estável até a data da cirurgia”. Essa previsão de data, no entanto, ainda não foi informada à mãe.