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Médicos residentes do DF iniciam paralisação neste domingo (13/12)

Entre as revindicações da categoria estão a garantia de não fechamento de vagas de enfermaria, melhoria das condições de assistência e residência médica, além da contratação de médicos e enfermeiros

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Greve na saúde – Brasília(DF), 14/10/2015
1 de 1 Greve na saúde – Brasília(DF), 14/10/2015 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Médicos residentes de hospitais da rede pública do Distrito Federal vão entrar em greve por tempo indeterminado neste domingo (13/12). Os profissionais vão aderir à paralisação nacional que teve início na última terça-feira (8/12) e já chegou a pelo menos outros sete estados. A decisão foi tomada após assembleia realizada na quarta (9/12). Como exigido por lei, 30% do efetivo continuará trabalhando nos hospitais que aderirem à paralisação.

Os residentes realizam atendimentos, exames, cirurgias e avaliações, sob a supervisão de médicos especialistas. Entre as reivindicações do movimento nacional estão a alteração da composição da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), revisão de programas de residência, e correção no valor da bolsa recebida pelos médicos. No entanto, com a crise que assola a saúde pública no DF, a paralisação também tem outros objetivos no âmbito local.

Segundo os profissionais da área no Distrito Federal, o atendimento à população tem sido dificultado pela falta de pessoal e de material cirúrgico e ambulatorial. Entre as reivindicações da categoria estão a garantia de não fechamento de vagas de enfermaria, melhoria das condições de assistência e residência médica, além da contratação de médicos e enfermeiros para garantir o funcionamento dos hospitais.

HMIB
O Hospital Materno Infantil de Brasília, maior hospital de pediatria da região, é um dos que enfrenta dificuldades para realizar o atendimento de pacientes. Segundo residentes do centro de saúde, o número de médicos e enfermeiros é insuficiente para completar a escala de trabalho e, em dias mais cheios, o pronto-socorro fica fechado.

Ainda de acordo com os profissionais, apenas cirurgias de emergência têm sido realizadas no hospital devido à falta de funcionários e de material cirúrgico. A realização de exames também está prejudicada. O baixo número de médicos especialistas tem ainda dificultado a supervisão dos residentes, segundo os próprios.

Na última semana, os médicos foram avisados que, a partir da próxima segunda (14/12), não deveriam mais encaminhar pacientes para a Ala B do hospital, que inclui as especialidades de neurologia, endocrinologia, gastroenterologia, reumatologia e genética. A Secretaria de Saúde do DF nega o fechamento da ala, mas admite que a direção do HMIB estuda uma possível reestruturação da equipe e do funcionamento das áreas do hospital.

Como protesto, os profissionais estão convidando a comunidade para a realização de um abraço ao HMIB, na próxima quarta-feira (16/12), a partir das 9h. Mais informações sobre a manifestação e sobre a situação do hospital podem ser encontradas na página SOS HMIB.

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