Médicos de outras duas UPAs do DF podem parar atividades
Além de Ceilândia, o Conselho Regional de Medicina do DF expediu indicativo de interdição nas UPAs de Recanto das Emas e Samambaia
atualizado
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Mais um capítulo na difícil situação da saúde pública no Distrito Federal: após decretar indicativo de interdição médica na Unidade de Pronto-Atendimento de Ceilândia, o Conselho Regional de Medicina do DF (CRM-DF) também expediu indicativos para as UPAs do Recanto das Emas e de Samambaia.
Os documentos são fruto de vistorias realizadas pela entidade, que aponta situações irregulares nos locais. Na prática, os documentos estabelecem prazos para que os problemas sejam sanados. Caso não haja providências, o conselho orienta os médicos a paralisarem as atividades.
Nos relatórios de vistoria, a entidade afirma que as duas unidades também apresentam irregularidades que dificultam o atendimento à população. Na UPA de Samambaia, por exemplo, o parecer aponta a falta de clínicos, enfermeiros e técnicos em radiologia. Além disso, a vistoria constatou ausência de insumos básicos, reagentes e ambulâncias.Ainda de acordo com o documento, a capacidade de atendimento na UPA é menor que a demanda e o local possui instalações físicas são inadequadas. A Unidade de Pronto-Atendimento do Recanto das Emas, por sua vez, apresenta os mesmos problemas de Samambaia, além da falta de um aparelho de radiografia.
Os prazos estipulados pelo CRM-DF para a solução das irregularidades vão de 15 a 90 dias. Em casos de falta de profissionais e insumos, por exemplo, a Secretaria de Saúde (SES-DF) tem 30 dias para tomar providências. Já para a resolução de problemas de estrutura física nos prédios, os prazos são de 60 e 90 dias.
Acionada pelo Metrópoles, a SES-DF afirmou que recebeu as notificações e “está trabalhando para sanar os pontos apresentados, de forma a garantir saúde pública de qualidade à população do Distrito Federal”.