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Médico precisa amarrar gaze no rosto por falta de máscara no HRSM

As imagens, obtidas com exclusividade pelo Metrópoles, foram registradas na UTI do Hospital Regional de Santa Maria neste domingo

atualizado

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Arquivo pessoal
medico com gaze em vez de máscara no hospital de santa maria
1 de 1 medico com gaze em vez de máscara no hospital de santa maria - Foto: Arquivo pessoal

As carências na rede pública de saúde do Distrito Federal, que vão desde materiais básicos a medicamentos de alto custo, têm feito profissionais improvisarem meios de atender a população e evitar que os serviços sejam paralisados. Neste domingo (30/10), um médico da unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) precisou usar trapos de gaze para substituir a máscara especial usada nas cirurgias.

As imagens, obtidas com exclusividade pelo Metrópoles, mostram o profissional dentro da UTI realizando um procedimento de punção de acesso venoso — que administra medicamentos por meio de cateter em vasos sanguíneos. De forma improvisada, o médico amarrou partes de gaze ao redor do rosto para tentar evitar a contaminação durante o procedimento cirúrgico.

Reprodução
No HRSM, faltam condições adequadas aos profissionais

As máscaras que faltam no Hospital Regional de Santa Maria são do tipo N95, que possui tripla camada. Em uma pesquisa rápida na internet, a reportagem encontrou várias opções do material que deveria ser usado nas unidades.

Em média, uma caixa com 50 unidades custa entre R$ 8 e R$ 10 (veja imagem abaixo). De acordo com servidores ouvidos pela reportagem, que pediram para não ter os nomes divulgados, a falta de máscaras não é exclusividade da unidade de Santa Maria. A mesma carência ocorre no Hospital Regional de Taguatinga (HRT).

Reprodução/Internet

Capotes reutilizados
A foto que mostra o médico com uma proteção improvisada no rosto revela outro problema. Na imagem, é possível ver um conjunto de capotes (jalecos usados pelos profissionais) pendurados nos suportes de soro fisiológico.

Esse material deveria ser individual e descartável, mas está sendo usado de forma coletiva há muito tempo. Situações como essa podem causar infecções cruzadas dentro da unidade e expõem os profissionais às bactérias multirresistentes

Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde-DF

Ao ser questionada pela reportagem, a Secretaria de Saúde disse que o caso é inusitado e assegurou que não há falta do equipamento no HRSM. “A pasta estranha a situação descrita na foto, uma vez que há em estoque a máscara do tipo N95. Será apurado por que o profissional não a usou”, informou o órgão, por meio de assessoria de imprensa.

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