Laudo preliminar indica que bebê estava morto antes de mãe ser liberada de hospital

O bebê da jovem de 20 anos moradora de Águas Lindas (GO) já estava morto quando ela foi liberada pelo Hospital Regional de Ceilândia (HRC) na madrugada de domingo (31/1). É o que aponta laudo preliminar da necropsia, segundo nota divulgada pela Secretaria de Saúde. O caso ganhou repercussão depois da divulgação de um vídeo, nas redes sociais, que mostra a avó da criança, Edna Maria Farias de Brito, 36 anos, retornando desesperada à unidade com o neto morto no colo.

Em entrevista coletiva ainda no domingo, a diretora do HRC, Talita Lemos Andrade, disse que a mãe e o bebê foram examinados e que o coração do feto foi auscutado e batia. A informação é contraditória ao resultado do laudo. De acordo com a nota da secretaria, o feto já estava morto “há pelo menos 24 horas”.

Segundo a diretora, a jovem foi acolhida na triagem (processo que determina a prioridade do tratamento dos pacientes com base na gravidade do estado de saúde) às 0h45, e cerca de 25 minutos depois foi atendida no consultório médico. A mulher se queixava de dor embaixo do ventre após uma discussão com um membro da família.

A avó contou ao Metrópoles que a filha não foi submetida a nenhum exame médico e que teria ficado apenas 15 minutos na sala da médica. “Ela voltou com um algodão no braço e disse que tinha tomado uma injeção. Voltamos para casa, mas minha filha reclamou de dor na cabeça, tontura e acabou vomitando.

Um tempo depois, explicou Edna, a filha se queixou de que estava sentindo algo quente na vagina. “Quando me dei conta, a cabeça do bebê já estava do lado de fora. Corri para tentar colocá-la no carro e, assim, voltar para o hospital, mas a criança acabou caindo no chão”, lamentou.

Edna disse que voltou ao hospital para perguntar à médica o motivo de ela não atender minha filha direito, o porquê de ter mandado minha filha para casa. Eu me sinto humilhada”, desabafou.

Veja o vídeo: