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Idoso com dedo necrosado espera por exame e família teme amputação

Elias Calado está com problema em um dos dedos do pé e só será atendido por médico em dezembro. Família teme que a situação se agrave

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A família do idoso Elias Ferreira Calado, de 66 anos, está preocupada: há cerca de uma semana, o segundo dedo do pé direito do homem ficou completamente necrosado e já exibe uma coloração preta. Apreensivos com a situação, os parentes procuraram atendimento na rede pública de saúde. No entanto, em meio à situação precária pela qual o sistema passa atualmente, eles só conseguiram marcar um exame para 1º de dezembro, no Hospital de Base.

“Esse procedimento precisa ser feito urgentemente. Se for feito hoje, talvez ele só tenha que amputar o dedo. Mas se demorar mais, pode ser obrigado a cortar a perna toda”, diz a filha de Elias, a bancária Érika Esteves, 30 anos. O exame é necessário para que seja determinada a extensão da necrose, se ela ainda está restrita ao dedo ou se já chegou aos ossos e a outras partes da perna.

A via crúcis da família teve início na última segunda-feira (7/11), quando a infecção piorou. De acordo com Érika, até então, a perna do pai estava avermelhada e o dedo, arroxeado. No entanto, a filha afirma que, em três dias, a área afetada passou a apresentar a coloração preta e a exalar um cheiro forte.

Primeiro, foram ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Lá, o idoso, que é diabético foi informado que não havia nenhum cirurgião vascular disponível e, depois de esperar por horas, recebeu atendimento de um cirurgião-geral. Érika afirma que o médico se limitou a dizer que o caso só poderia ser tratado por um especialista vascular e liberou o paciente.

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Exame de R$ 80 mil
No dia seguinte, Elias já tinha uma consulta marcada com um cirurgião vascular da rede pública, e foi ele quem pediu a realização de um exame especifico. Apenas o HBDF e o Hospital das Forças Armadas (HFA) possuem o equipamento necessário para o procedimento, mas a família só conseguiu vaga para dezembro. Érika diz que, na rede particular, o exame custa R$ 80 mil.

Ainda de acordo com a filha, na noite desta sexta-feira (11/11), representantes do HRT entraram em contato com o paciente e marcaram uma nova consulta para Elias na segunda (14). No entanto, sobre o exame, a data prometida permaneceu a mesma.

Para os parentes, a preocupação é maior porque existem casos de pessoas próximas que foram a óbito em situações parecidas. “Três familiares nossos já morreram por conta de casos de necroses simples, como essa do meu pai. Nosso medo é de que a mesma coisa aconteça com ele”, afirma Érika Esteves.

Por meio de nota, a Secretaria de Saúde afirmou que Elias Calado passou por angioplastia do membro inferior direito, fez o curativo, tomou antibiótico e aguarda cirurgia. A pasta também confirma a consulta marcada para segunda-feira (14) e que o exame só será realizado em 1º de dezembro. Quanto ao motivo para a demora no procedimento, a Secretaria ignorou os questionamentos da reportagem.

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