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Hospital de Ceilândia cancela cirurgias por falta de roupa de cama

Pacientes precisam levar lençóis de casa ou deitar em colchões sem forro. Secretaria de Saúde admitiu que o estoque de roupas de cama do HRC está baixo, mas ressaltou que a pasta já comprou materiais suficientes para reabastecer toda a rede pública

atualizado

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Hospital Regional de Ceilândia
1 de 1 Hospital Regional de Ceilândia - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Falta de medicamentos, equipamentos, UTIs, médicos… A cada dia, um novo problema surge na lista de dificuldades enfrentadas pelos pacientes das unidades hospitalares da rede pública de saúde do Distrito Federal. Desta vez, as cirurgias do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) foram canceladas por falta de roupas de cama. A solução encontrada pelos usuários foi levar de casa lençóis ou deitar em colchões sem forro.

Para tentar resolver o problema temporariamente, a Secretaria de Saúde informou que o hospital adquiriu 100 lençóis por meio da verba do Programa de Descentralização Progressiva de Ações da Saúde (PDPAS). Eles foram entregues nesta quarta-feira e enviados à lavanderia para lavagem e esterilização. As roupas de cama serão distribuídas na noite desta quarta (20/7) para os principais setores do HRC.

A Secretaria disse ainda que já comprou materiais suficientes para reabastecer toda a rede pública. A entrega está prevista para a próxima semana.

Caos na saúde
O Metrópoles vem mostrando como a saúde no DF está um caos. No Hospital Regional da Asa Norte (Hran), por exemplo, pacientes foram obrigados a tomar banho gelado neste início de inverno. Sem contar a ausência de medicamentos básicos e de insumos, como gaze e termômetros; e a falta de médicos especialistas.

Há ainda o caso de um bebê de apenas 5 meses que tem síndrome de down e sofre com três sopros no coração, desvio de septo total, hipertensão pulmonar, além de problemas nas válvulas cardíacas, e aguarda, desde o nascimento, por uma cirurgia. Até agora, no entanto, não há previsão para que o procedimento seja realizado.

No início deste mês, cerca de 3 mil auxiliares de serviços gerais na limpeza e conservação dos hospitais, posto de saúde e escolas públicas do DF decidiram começar uma greve. Sem receber o o salário e vale transporte referente ao mês de junho, os profissionais cruzaram os braços durante dois dias.

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