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DF faz o primeiro implante de coração artificial do Centro-Oeste

O aparelho é acoplado ao coração do próprio paciente e comandado por um controlador externo, mantido por baterias recarregáveis

atualizado

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coração artificial
1 de 1 coração artificial - Foto: Divulgação

O Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF) implantou o primeiro coração artificial (dispositivo de assistência ventricular prolongada) da Região Centro-Oeste em um paciente do sexo masculino de 26 anos. O morador da cidade goiana de Anicuns era portador de miocardiopatia dilatada em fase avançada. A doença atinge o músculo do coração e impede o bombeamento adequado de sangue para o corpo, causando complicações como arritmias, coágulos de sangue e até mesmo morte súbita.

A cirurgia durou cerca de oito horas e foi realizada com sucesso. O paciente já teve alta do ICDF e está bem de saúde. “Hoje, eu posso dizer que eu tenho uma nova oportunidade de viver. O que eu passei desde que descobri a doença foi muito difícil. Ter um aparelho que me permite viver e viver bem é uma coisa maravilhosa”, relata o paciente, que não teve a identidade revelada. “Agora, eu quero voltar a fazer as minhas coisas. Quero voltar a cozinhar. Estou doido pra fazer uma galinhada. Comida de hospital não tem sal”, brincou.

A avaliação clínica realizada pelos médicos do ICDF revelou que o paciente tinha contraindicação ao transplante cardíaco devido à presença de pressões elevadas no território pulmonar. Dois dias após o diagnóstico, ele sofreu parada cardíaca e foi reanimado com sucesso. Entretanto, o coração que já era debilitado, tornou-se muito mais fraco. Dessa forma, houve a necessidade de implantar um aparelho para manter temporariamente a circulação e a vida do paciente.

Estabilização
Esta conduta foi crucial na estabilização do quadro clínico do paciente, que manteve este aparelho de circulação por 19 dias até a colocação do coração artificial implantável. O aparelho é conhecido popularmente como “coração artificial”. Ele é acoplado ao coração do próprio paciente e comandado por um controlador externo, mantido por baterias recarregáveis. Dessa forma, o paciente possui ampla mobilidade e pode se locomover normalmente.

O coração funciona de modo semelhante a um aparelho de celular. Quando a bateria do equipamento está descarregando, o paciente a coloca para carregar e faz a substituição por uma outra com carga completa. Para o médico responsável pela cirurgia, Fernando Atik, a qualidade do procedimento realizada e a recuperação rápida do paciente se devem a uma soma de fatores.

“O segredo do sucesso do tratamento deste paciente foi um trabalho árduo e organizado, de uma equipe multiprofissional habituada a atender pacientes graves em um centro de transplante cardíaco, como o ICDF”, destaca o cirurgião.

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