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Protesto pela saída de Temer reúne 1,5 mil pessoas em Brasília

Os manifestantes carregam bandeiras do PT e distribuem balões com mensagens que pedem a saída do peemedebista. Até às 19h, o tráfego de carros pela Esplanada seguia sem contratempos

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1 de 1 Captura de Tela 2016-06-10 às 20.22.42 (1) - Foto: Mídia Ninja

Manifestantes se reuniram, no fim da tarde desta sexta-feira (10/6), na Esplanada dos Ministérios, ao lado da Biblioteca Nacional de Brasília. Eles pediam a saída do presidente em exercício, Michel Temer (PMDB). Segundo a Polícia Militar do DF, cerca de 1,5 mil pessoas participaram do ato.

Representantes do MTST e da CUT fazem parte da organização. Os manifestantes carregavam bandeiras do PT e distribuíam balões com mensagens que pediam a saída de Temer. Um caminhão de som também foi mobilizado. Até às 19h, o tráfego de carros pela Esplanada seguia livre.

Os manifestantes que estavam aglomerados até o fim da tarde desta sexta, 10, ao lado do Museu Nacional na Esplanada dos Ministérios seguem em marcha até o Congresso Nacional. Não foi divulgado até o momento o número de pessoas que vieram para a manifestação, mas a aglomeração indica a presença de cerca de duas mil pessoas. Eles pedem a saída do presidente em exercício, Michel Temer (PMDB).

Os manifestantes ocupam uma das faixas da Esplanada, mas sem bloquear o tráfego. Durante toda a tarde, eles cantaram músicas populares e gritaram palavras de ordem. Um carro de som com bandeiras do MTST e CUT puxa os manifestantes até o Congresso. A manifestação é pacífica e não há registro de violência.

São Paulo
Manifestantes também se reuniram na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), em protesto contra o presidente interino Michel Temer. O ato foi convocado pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo sem Medo e reúne movimentos e centrais sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE), Intersindical, CTB, Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), entre outros.

No protesto, manifestantes seguram faixas pedindo a saída de Michel Temer. Há também um varal com fotos tiradas em protestos em São Paulo. Um imenso caminhão de som foi atravessado na Avenida Paulista, ao lado do Masp, onde os líderes dos movimentos sociais se revezam para falar. É neste caminhão que, mais tarde, deverá estar o ex-presidente Lula.

Outros estados
Diversas manifestações contra o governo Temer ocorrem na noite desta sexta-feira, 10, em diferentes cidades do País. Os atos fazem parte do Dia Nacional de Mobilização do Campo e da Cidade.

Em Curitiba, cerca de 5 mil manifestantes, segundo os organizadores, e 1.000 conforme a Polícia Militar, participaram do protesto. No início da noite, artistas ligados ao Movimento Cultura Resiste, que ocupou o prédio do Iphan, realizaram shows e apresentações artísticas. Além de Curitiba, as cidades de Maringá, Ponta Grossa, e Foz do Iguaçu também tiveram manifestações, quase todos organizados pelo Fórum Popular, que reúne 40 entidades sindicais e de lutas sociais.

Em Fortaleza, a manifestação contra Temer reuniu, segundo os organizadores, 10 mil pessoas. A Polícia Militar não fez estimativa. Participaram integrantes de centrais sindicais, de partidos como PCdoB e PT, entidades estudantis e representantes de movimentos populares. Vestindo camisetas vermelhas com frases “Fora Temer”, “Retroceder Jamais” e “Nenhum Direito a Menos”, muitos portavam cartazes e faixas pedindo a volta da presidente afastada, Dilma Rousseff (PT). A concentração aconteceu na Praça Luísa Távora. De lá, os manifestantes seguiram em passeata pelas ruas da Aldeota, área nobre da cidade, até a Praça da Imprensa.

Em Belo Horizonte, os manifestantes se concentraram no Centro de Belo Horizonte e uma passeata estava prevista para começar ainda nesta noite. Participaram do protesto professores da rede estadual de ensino, estudantes e representantes de sindicatos. Segundo a coordenadora da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT-MG), Beatriz Cerqueira, o ato cumpre papel de resistência e diálogo com a cidade em relação ao governo do presidente em exercício, Michel Temer (PMDB). “É uma administração que só age de forma maléfica para o País”, afirmou a sindicalista.

Um grupo de manifestantes da Frente Brasil Popular tentou se misturar às pessoas que acompanhavam o percurso da tocha Olímpica em Teresina. Os manifestantes, que gritavam “Fora Temer” e “Por novas Eleições” durante o ato da passagem da tocha pelo Palácio de Karnak, sede do governo estadual do Piauí, jogaram objetos e tentaram apagar o fogo olímpico. A PM estimou que 1.500 pessoas participaram das manifestações contra o governo Temer. Os organizadores informaram que 8 mil pessoas estiveram no ato.

A mobilização contra o governo do presidente em exercício, Michel Temer, na capital gaúcha, foi marcada por discursos de lideranças sociais e políticas que voltaram a classificar o processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, ainda em curso no Senado, como um ato antidemocrático e inconstitucional.

Os manifestantes levavam cartazes com dizeres “Fora Temer” e “Temer jamais”. Também houve quem lembrasse do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha – algumas faixas pediam a prisão do parlamentar.

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