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Professora que sumiu de escola do DF é afastada para tratar depressão

Pai de Patrícia Coelho Barreto disse que a jovem teve “uma recaída”: “Precisou ficar um momento sozinha, mas já está bem”

atualizado

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patricia barreto
1 de 1 patricia barreto - Foto: Reprodução

A professora Patrícia Coelho Barreto, 29 anos, que leciona para a turma do maternal 2 da Escola Maria Montessori, na 913 Sul, foi afastada da sala de aula por tempo indeterminado. A docente foi diagnosticada com depressão há dois anos e desapareceu na terça-feira (20/6). Patrícia foi encontrada em uma igreja de Luziânia (GO), cidade do Entorno do DF, um dia depois, na quarta (21).

Após o episódio, a direção do colégio recomendou que ela se afastasse do trabalho para cuidar da saúde. Os pais foram avisados, por meio de um informativo, encaminhado na quarta. Uma outra professora, que também ajudava nas atividades da turma, substituirá Patrícia.

De acordo com colegas da professora, Patrícia recebia atendimento psicológico oferecido pela instituição de ensino e tomava remédios controlados, mas decidiu suspender o uso por conta própria. “Ela trabalha conosco há sete anos. É muito querida e sempre é lembrada como uma pessoa alegre. Não imaginávamos que estava passando por esse tipo de problema”, contou um colega ao Metrópoles.

Ainda nesta semana, integrantes da direção da escola visitarão Patrícia para acompanhar o caso. O pai da docente, José Carlos Barreto, 59 anos, disse que o pior já passou. “Ela teve uma recaída, uma crise de depressão. Precisou ficar um momento sozinha, mas já está bem “, assegurou.

Fuga
Patrícia saiu trabalho por volta das 11h40 de terça (20), vestida com o uniforme da escola, mas não voltou para casa, no Guará I. Ela deixou os pertences no colégio, o que causou grande preocupação. A Polícia Civil foi acionada. Da 913 Sul, a professora seguiu pelo Eixão até a Rodoviária do Plano Piloto. Apesar de ter deixado a bolsa e a carteira na escola, ela separou a identidade e uma quantia de dinheiro. Os objetos estavam guardados na meia.

Ao chegar ao terminal, ela pegou o coletivo que seguia para Luziânia e pediu para que o motorista a deixasse em uma igreja. Patrícia desembarcou na Matriz Santa Luzia, situada no centro de Luziânia, a 60km de Brasília. Ela foi localizada por um casal, que lhe ofereceu abrigo, comida e ligou para os pais da moça.

Brasil lidera ranking
O Brasil tem a maior taxa de pessoas com depressão na América Latina e uma média que supera os índices mundiais. Divulgados em fevereiro deste ano, os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que 5,8% da população brasileira seja afetada pela doença. A taxa média supera a de Cuba, com 5,5%, a do Paraguai, com 5,2%, além de Chile e Uruguai, com 5% cada.

O estudo aponta também que 322 milhões de pessoas pelo mundo sofrem de depressão, 18% a mais do que há 10 anos. O número representa 4,4% da população do planeta. As mulheres são as principais pessoas afetadas (5,1%). Entre os homens, a taxa é de 3,6%. Em números absolutos, metade dos 322 milhões de vítimas da doença vive na Ásia.

De acordo com a OMS, a depressão é a doença que mais contribui para a incapacidade no mundo, em cerca de 7,5%. Ela é também a principal causa de mortes por suicídio, com cerca de 800 mil casos por ano.

 

Infografia/Metrópoles

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