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Professor abusava de aluna dentro de escola do DF, diz polícia

Acusado foi preso e admite que praticou atos libidinosos, mas nega relação sexual com menina de 11 anos

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A Polícia Civil deu detalhes da prisão de um professor temporário da rede pública acusado de aliciar e estuprar uma aluna de 11 anos. Décio Rats Correia, 52, é casado, tem uma filha de 12, e foi encontrado após a mãe da vítima achar mensagens no tablet encaminhadas por ele à menina.

Os recados eram enviados por meio de uma rede social. Logo depois, a mulher levou o conteúdo para a 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião).  Décio passou a ser investigado há dois meses e foi preso no dia 3 de agosto.

“No primeiro momento, ele envolveu e aliciou a vítima. Chegou a pedi-la em namoro. Em seguida, começou a praticar atos libidinosos e sexuais com a criança. Tudo na presença de outra menina de 11 anos, que seria ordenada por ele a vigiar os atos”, disse o delegado-chefe da 30ªDP, João Guilherme Medeiros Carvalho.

O mais grave: segundo o delegado, tudo ocorria na escola, em São Sebastião, cujo nome não foi divulgado pelo investigador. “Os fatos ocorriam em uma sala de leitura e o ato sexual foi dentro da sala de aula das crianças”, garantiu Carvalho.

Outro fato chocou até mesmo os policiais. Durante um passeio escolar, o professor teria colocado um casaco sobre o colo da menina para mexer em suas partes íntimas. “Outros alunos começaram a desconfiar da relação entre os dois e falaram com a vice-diretora, que estaria monitorando a situação. O problema é que a mulher tirou férias”, ressaltou o policial.

Carvalho disse ainda que o acusado chamava a menina de Tinker Bell, em referência a uma fada do desenho animado da Disney. “Sempre mandava bilhetinhos, dizia que gostava dela. E deu até presentes”, afirmou o delegado.

Décio foi encarcerado por determinação da Justiça, que decretou a sua prisão preventiva por estupro de vulnerável. Ele pode ficar até 15 anos na cadeia. “Esse é um crime gravíssimo. Damos prioridade máxima. Uma criança de 11 anos não tem discernimento para entender o que acontece. Ele a envolveu aos poucos”,  explicou o delegado.

Os abusos teriam começado há cerca de três meses e foram comprovados por meio de exame de corpo de delito, feito pelo Instituto Médico Legal (IML), que identificou inclusive a ruptura do hímen da menina. Décio confessa que teve “envolvimento” com a vítima, praticou atos libidinosos, mas nega o ato sexual.

Confira na íntegra a nota enviada pela Secretaria de Educação:

A Secretaria de Educação do DF (SEEDF) informa que, nestes casos, instaura Processo Administrativo Disciplinar (PAD). As punições podem variar desde advertência até a demissão do cargo público. Em casos de professores temporários, a partir da instauração do inquérito policial, o contrato é rescindido. O PAD também poderá decidir se o profissional poderá participar de outro processo seletivo ou não.

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