Por determinação da Justiça, sequestradora de bebê vai continuar presa
A defesa de Cevilha Moreira dos Santos, 44 anos, alegou que a mulher cometeu o crime após surto psicótico, mas juíza barrou soltura
atualizado
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Presa após sequestrar um bebê de três meses no Conic, Cevilha Moreira dos Santos, 44 anos, teve o pedido de revogação da prisão negado pela 1ª Vara Criminal de Brasília. O seu advogado, Gilson dos Santos, solicitou a soltura alegando que a ré cometeu o crime durante “um surto psicótico”. Ele apontou outras irregularidades no confinamento.
O pedido foi negado pela juíza Paula Afoncina Barros Ramalho, que explicou não haver prova nos autos sobre eventuais problemas psicológicos em Cevilha. A prisão em flagrante foi transformada em preventiva “para garantir a ordem pública”, segundo a juíza. Mas, segundo o advogado da sequestradora, não há motivos para a manutenção da cautelar.
O crime
O sequestro ocorreu na manhã do dia 29 de junho, em uma clínica do Conic, no Plano Piloto. Três dias antes do crime, a acusada abordou a faxineira Arlete Bastos da Silva, 29 anos, mãe da criança, com uma oferta de emprego e salário de R$ 1 mil. As duas foram até o centro da capital para fazer um exame admissional, necessário para a suposta vaga. Enquanto Arlete fazia o teste, Cevilha dos Santos desapareceu com o bebê.
A suspeita só foi encontrada cerca de sete horas depois, em Planaltina de Goiás, enquanto estava em um táxi com destino a Planaltina (DF). Ao ser abordada pelos policiais, a mulher chegou a tentar fugir e ameaçou matar a pequena Valentina. A criança, no entanto, foi devolvida aos pais, que moram na Vila Rabelo 2, em Sobradinho, sem ferimentos.
Cevilha continua presa na Cadeia Pública de Planaltina de Goiás. No dia 4 de julho, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) acatou o pedido da Polícia Civil do estado e converteu em preventiva a prisão da sequestradora do Conic.