Servidores são liberados para apoiar secretária de segurança na CLDF
Por meio de mensagem no WhatsApp, a subsecretária de Segurança Cidadã, Susana Bruno, liberou os funcionários que quisessem “ajudar a dra. Márcia”
atualizado
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Escândalo atrás de escândalo. Enquanto a secretária da Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal, Márcia de Alencar, prestava esclarecimentos na Câmara Legislativa, servidores da Subsecretaria de Segurança Cidadã (Susec) foram liberados do trabalho para apoiar a chefe.
Segundo informações recebidas pelo Metrópoles, cerca de 10 pessoas trocaram o expediente normal na Subsecretaria pelas cadeiras da plateia da CLDF. A ideia é fazer quórum e demonstrar apoio a Márcia de Alencar, que enfrenta denúncias de usar viaturas para levar familiares à escola, nomear a ex-empregada doméstica para um cargo público e dar carona ao filho em helicóptero do Detran. Por meio de uma mensagem informal, da subsecretária Susana Bruno, no WhatsApp, os funcionários da Susec foram liberados.
Márcia de Alencar foi titular da Susec em 2015. Saiu do cargo ao ser promovida secretária de Segurança.
Explicações à Câmara
Nesta segunda-feira (9), Márcia de Alencar presta esclarecimentos aos deputados distritais a respeito das denúncias publicadas pelo Metrópoles.
Em 27 de abril, a reportagem flagrou parentes de Márcia sendo levados e buscados da escola em viaturas descaracterizadas. Os familiares têm à disposição veículos e servidores para fazer o transporte escolar. No mesmo dia, o Metrópoles revelou que a ex-empregada da secretária foi nomeada para o cargo de assessora no gabinete de Márcia. Os dois episódios motivaram o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) a abrir uma ação cível pública para apurar a conduta da secretária.
Em 6 de maio, nova denúncia publicada pelo Metrópoles: em 17 de abril, durante a votação do processo de impeachment no plenário da Câmara dos Deputados, Márcia levou o próprio filho para passear no helicóptero do Detran-DF durante voo sobre a Esplanada dos Ministérios. Após a nova denúncia, a Controladoria-Geral do Distrito Federal decidiu investigar se houve irregularidade durante a atual gestão da pasta.