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Governador convoca base e tenta evitar criação de CPI da JBS na CLDF

Rollemberg é suspeito de receber propina da JBS. Nesta terça (30), cinco parlamentares apoiaram o pedido. São necessárias oito assinaturas

atualizado

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Rodrigo Rollemberg
1 de 1 Rodrigo Rollemberg - Foto: Michael Melo/ Metrópoles

O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) convocou, na noite desta terça-feira (30/5), a base governista da Câmara Legislativa para uma reunião de emergência. O objetivo era cobrar apoio dos parlamentares para evitar a instalação da CPI da JBS. Se criada, a comissão terá como objetivo investigar o suposto recebimento de propina disfarçada de doações eleitorais a Rollemberg em 2014.

Em apenas um dia, a deputada Celina Leão (PPS), idealizadora da CPI, conseguiu cinco das oito assinaturas necessárias. Agora, ela aguarda a definição de outros blocos que estudam a proposta. Celina acredita que conseguirá todas as assinaturas até o fim da semana.

“Estamos aguardando apenas a bancada do PT para completar o número necessário. O governador tem medo que consigamos as assinaturas e por isso já começou a ligar até mesmo para deputados da oposição, pedindo que não assinem o nosso pedido”, disse ao Metrópoles.

Um dos deputados que confirmam a assinatura no requerimento é o vice-presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luiz (PMDB). “Rollemberg fez toda uma plataforma de transparência, então nada mais justo do que nós o investigarmos”, disse.

Durante o encontro desta noite, Rollemberg não citou diretamente a CPI, mas repetiu o que vem falando nas entrevistas e por meio de notas: todas as doações foram declaradas à Justiça Eleitoral e a JBS não foi beneficiada durante o governo dele.

Participaram da reunião nove deputados da base: Luzia de Paula (PSB), Sandra Faraj (SD), Agaciel Maia (PR), Julio Cesar (PRB), Juarezão (PSB), Rodrigo Delmasso (Podemos), Lira (PHS), Cristiano Araújo (PSD) e Reginaldo Veras (PDT).

Ressalvas
Embora integre a oposição, Wasny de Roure (PT) defende que também sejam investigados todos os citados na delação da JBS — incluindo Sandra Faraj, que recebeu R$ 150 mil em 2010; Rodrigo Delmasso, com R$ 34.695 em 2014; e Julio Cesar (PRB), com R$ 9.545 também nas eleições passadas.

“Se investigarmos um, temos que investigar todos. Mas acho que uma CPI da JBS é forçar a barra, pois não apuramos nem mesmo denúncias passadas”, disse o petista, lembrando que a CPI da Saúde foi concluída sem citar os deputados investigados na Operação Drácon.

Líder do governo e citado na delação da JBS, Rodrigo Delmasso questiona a viabilidade de uma CPI em meio a tantas investigações em outras instâncias. “Precisa de uma CPI? Com Polícia Federal e Ministério Público Federal (MPF) investigando todas as doações não é a Câmara Legislativa que vai conseguir se aprofundar nas denúncias. Até porque, as doações estão registradas na prestação de contas da campanha do governador”, concluiu Delmasso.

Suspeita
Em 2014, a JBS transferiu R$ 852.831,75 à campanha de Rollemberg, conforme o Metrópoles noticiou no último dia 18. Do total, R$ 450 mil foram pagos diretamente pela empresa. Os R$ 402.831,75 restantes estavam espalhados em 40 transações atípicas feitas ao diretório do PSB-DF, que repassou a verba à campanha do então candidato ao GDF. O montante está na prestação de contas disponível no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Rodrigo Delmasso e Julio Cesar afirmam que apenas receberam material de campanha e que os valores em espécie nunca foram repassados a eles, mas a Vitor Paulo (PRB). Delmasso, inclusive, apresentou notas, nesta terça-feira, assinadas pelo tesoureiro do partido Joaquim Mauro, que foram apresentadas à Justiça Eleitoral, em sua prestação de contas.

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