Emenda da reeleição perde força na Câmara Legislativa
Sem dois nomes importantes que apoiaram o projeto em 1º turno, Celina Leão não tem como aprová-lo em nova votação
atualizado
Compartilhar notícia
A proposta de reeleição para a presidência da Câmara Legislativa foi aprovada em 1º turno em dezembro do ano passado. Em meio a discussões acaloradas, 16 parlamentares disseram sim para o projeto de emenda à Lei Orgânica do DF, que estende o mandato dos integrantes da Mesa Diretora da Casa por mais dois anos. No entanto, depois de quatro meses, a pauta, que ainda não foi analisada em 2º turno, voltou a ser debatida.
Nos bastidores, acredita-se que a matéria não retornou ao plenário por não haver votos suficientes para aprová-la. A autora da emenda é a presidente da Casa, deputada Celina Leão (PPS). Ela só colocará a pauta em discussão novamente se souber que tem condições de aprová-la.No entanto, Celina perdeu perdeu dois aliados importantes para atingir o mínimo necessário de votos. Diferentemente do que fizeram no 1º turno, Cláudio Abrantes (Rede) e Ricardo Vale (PT) não devem dar aval ao projeto. Na nova etapa, os parlamentares pretendem seguir as orientações dos partidos. O PSB de Luzia de Paula, Juarezão e Roosevelt Vilela também se posicionou contra a proposta, assim como Reginaldo Veras (PDT) e Agaciel Maia (PR).
Na conta, 14 deputados votam com Celina e 10 não. Para aprovar a emenda, a presidente da Casa precisa de, no mínimo, 16 nomes. Assim, as negociações ainda correm nos corredores da Câmara.
Agaciel e Joe Valle
Entre os parlamentares está certo que o candidato do governo à Presidência da Casa é Agaciel Maia. O distrital, entretanto, não confirma a intenção de entrar na disputa. “Fico lisonjeado, mas não conheço esta informação. Gosto muito do mandato da presidente Celina, apenas não sou a favor da reeleição”, disse.
O único nome que faria frente a Agaciel é Joe Valle (PDT). Atualmente na Secretaria do Trabalho Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do DF (Sedestmidh), Joe poderia abandonar o cargo e voltar à Casa para disputar as eleições. Bom articulador e com trânsito no Executivo, o atual super-secretário não deu indícios de que é pré-candidato.