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Organograma não é de propina, diz ex-subsecretário da Saúde

Marco Júnior, que foi titular da Subsecretaria de Infraestrutura e Logística da pasta de Saúde, contesta declarações da sindicalista Marli Rodrigues. Mas em conversa entre os dois, eles citam nomes que constam no esquema como envolvidos em supostos desvios do GDF

atualizado

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1 de 1 ex-subsecretário marco junior - Foto: WhatsApp/Reprodução

O “organograma da propina” apresentado pela sindicalista Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde, em sessão da CPI da Saúde na manhã de quinta-feira (21/7), ainda ecoa no Palácio do Buriti. Segundo a sindicalista, o desenho — feito por Marco Antônio Ferreira da Silveira Júnior, ex-subsecretário de Infraestrutura e Logística da Secretaria de Saúde — relaciona o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), a primeira-dama Márcia Rollemberg e pessoas indicadas pelo casal ao suposto esquema de corrupção. Embora Marcos Júnior fale em um possível envolvimento do secretário da Casa Civil, Sérgio Sampaio, e da existência de um grupo batizado de “Reis Magos”, nesta sexta (22), o ex-subsecretário negou que tenha implicado os citados em irregularidades. Segundo Marco Junior, o papel se refere apenas a indicações políticas.

“Não foi um papel que eu escrevi (sobre propina), foi um papel que eu ajudei a identificar as nomeações de quem estava lá”, disse Marco Júnior, em entrevista ao Jornal de Brasília. Ainda segundo o ex-subsecretário, as acusações de Marli Rodrigues não são verdadeiras. “Ela fugiu um pouco da realidade. Pegou a gravação (com o vice-governador Renato Santana) e juntou com o desenho, que não tinha nada a ver”, afirmou Marco Júnior.

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No entanto, na transcrição da gravação em que Marco Júnior conversa com Marli Rodrigues, o ex-subsecretário fala que o suposto esquema de corrupção tem o envolvimento de figuras importantes do primeiro escalão distrital. Os grampos foram entregues aos integrantes da CPI da Saúde.

No diálogo, Marco Júnior se refere à existência de um grupo chamado de os “Três Reis Magos”, que foram identificados como Armando Raggio, ex-diretor executivo da Fundação de Pesquisa em Ciência da Saúde (Fepecs); o ex-diretor executivo do Fundo Nacional de Saúde (FNS) do Ministério da Saúde (MS) Sady Carnot Falcão Filho e Renilson Rehem. Eles responderiam ao secretário-chefe da Casa Civil e fariam parte do esquema.

Veja trechos da transcrição:

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A reportagem não conseguiu localizar os citados para comentar as denúncias. No entanto, na quinta-feira (21/7), Rollemberg e Sampaio negaram quaisquer irregularidades. Os dois, inclusive, prometeram acionar judicialmente a sindicalista Marli Rodrigues.

Nos próximos dias, a CPI da Saúde na Câmara Legislativa vai promover uma sessão conjunta com Marli Rodrigues e o vice-governador Renato Santana (PSD). Em um dos grampos divulgados recentemente, eles falam sobre a existência de um suposto esquema de pagamento de propinas no GDF. Os dois falaram aos parlamentares, separadamente, em sessão na quinta-feira (21).

Outros personagens que também prestarão depoimento à CPI são Marco Junior; o ex-secretário de Saúde Fábio Gondim; Marcello Nóbrega, ex-subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde, hoje subsecretário de Logística e Infraestrutura da pasta; e Ricardo Cardoso, ex-diretor executivo do Fundo de Saúde do Distrito Federal. Todos são citados nos grampos. A CPI discute chamar outras pessoas para depor.

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