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Mesa Diretora envia pedido de cassação de Liliane para Corregedoria

A Procuradoria Jurídica da Casa já havia dado parecer pela admissibilidade da ação. Medida foi tomada dois dias depois que grampos feitos pela parlamentar sobre um suposto esquema de propina na Câmara Legislativa foram divulgados

atualizado

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Posse Dr. Michel no TCDF
1 de 1 Posse Dr. Michel no TCDF - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A Mesa Diretora da Câmara Legislativa tomou nesta sexta-feira (19/8) a primeira medida concreta em retaliação aos grampos feitos pela deputada Liliane Roriz (PTB) e entregues ao Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), revelando um suposto esquema de propina envolvendo distritais. Enviou para a Corregedoria da Casa o processo de quebra de decoro contra a parlamentar, segundo informou a presidente Celina Leão (PPS) ao Metrópoles.

O pedido de cassação foi feito pela ONG Adote um Distrital, no início deste ano. A Procuradoria Jurídica da Câmara Legislativa já havia dado parecer pela admissibilidade da ação. De acordo com o Regimento Interno da Câmara, a Corregedoria tem prazo de um dia para notificar Liliane a partir do recebimento da representação. A parlamentar terá prazo de 10 dias para se defender. Em 15 dias o corregedor deve emitir parecer prévio opinativo e encaminhar o processo à Comissão de Ética. A comissão, por sua vez, sorteia o relator e inicia o processo.

Um dos motivos que embasam o pedido é a ação que corre contra Liliane na Justiça. Ela é acusada de ter recebido irregularmente dois apartamentos do empreendimento Residencial Monet, em Águas Claras. Segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), os imóveis seriam fruto de crimes contra a administração pública.

E-mails, interceptações telefônicas, laudos da Polícia Civil e documentos de investigações embasam a denúncia do MPDFT contra Liliane e outras oito pessoas, sendo quatro do clã Roriz. Os documentos apontam que a parlamentar simulou contrato de compra e venda de dois apartamentos adquiridos pelo pai dela, Joaquim Roriz, como contraprestação financeira indevida, em troca da concessão de empréstimos do Banco de Brasília (BRB) à construtora WRJ Engenharia. Na época, Roriz ainda era governador.

Liliane, o pai e as duas irmãs, Jaqueline e Weslliane já foram condenados em 1ª instância pela Justiça do DF e recorreram da decisão. O recurso está em análise pelos desembargadores da 5ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Até o momento, três dos cinco magistrados já votaram. Um pelo atendimento do recurso e dois pela manutenção da condenação do clã Roriz.

Condenação no TRE-DF
Outro fato apontado pela ONG Adote um Distrital para justificar o pedido de cassação da deputada é a condenação por crime de falsidade ideológica e compra de votos na campanha de 2010. Em 9 de março, Liliane foi julgada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF). De acordo com a ação movida pelo Ministério Público Eleitoral, ela ofereceu vantagens indevidas a eleitores na disputa por uma vaga na Câmara Legislativa; e também não declarou, na prestação de contas da campanha, despesas com apoiadores.

 

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