Malhação de Judas. Manifestantes queimam bonecos de Lula e Dilma
Ato de protesto pró-impeachment ocorreu neste sábado (26/3), na Praça dos Três Poderes
atualizado
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Manifestantes pró-impechment da presidente Dilma Rousseff que ocupam o gramado da Esplanada dos Ministérios fizeram uma releitura da tradicional malhação de Judas neste Sábado de Aleluia (26/3). Um boneco simbolizando a petista e o pixuleco do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram surrados e queimados, por volta das 12h50, na Praça dos Três Poderes, próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF).
As pessoas gritavam “Viva Sérgio Moro”, “Fora PT” e “Somos todos Moro”. Ao fundo, uma paródia do discurso da presidente Dilma sobre a mandioca.
Veja vídeo:
“Queremos reforçar a indignação com esse governo que abandonou o nosso país”, afirma o analista de sistemas Ricardo Honorato, 56 anos, integrante do grupos Movimento Brasil (MBR) e Movimento Avança Brasil Maçons. O carioca e professor de filosofia Allan dos Santos, 32 anos, largou o emprego para vir para Brasília. Ele disse que ficará na capital até que Dilma “caia”.
O boneco da presidente Dilma mereceu mais atenção dos manifestantes. Vestido com uma blusa vermelha e calça preta, ficou do tamanho de uma pessoa. Já o ex-presidente Lula foi simbolizado por um boneco de borracha, de tamanho pequeno.
“Esse ato está sendo feito no Rio de Janeiro e em São Paulo. O Brasil inteiro está fazendo. A gente quer que ela saia. Ela tem que compreender que o país está sangrando. Não cabe na cabeça de ninguém que 93 % da população quer um golpe contra a democracia e o Lula tem que ser investigado pelo Sérgio Moro”, destacou Beatriz Kicis, 53 anos, procuradora aposentada do DF, presidente do Instituto Resgata Brasil e coordenadora do Resistência Popular.
A malhação de Judas é realizada sempre no Sábado de Aleluia, simbolizando a morte de Judas Iscariotes, apóstolo de Jesus Cristo que o teria entregue aos seus algozes. A tradição consiste em surrar um boneco do tamanho de um homem, forrado de serragem, trapos ou jornal, pelas ruas e atear fogo a ele, normalmente ao meio-dia.