Bancada evangélica decide lançar candidato à presidência da CLDF
Grupo está dividido entre dois nomes: Sandra Faraj e Rodrigo Delmasso. Semana será de busca por apoio e definições para o pleito de dezembro
atualizado
Compartilhar notícia
A menos de um mês das eleições para a presidência da Câmara Legislativa, o cenário começa a se definir. Na semana passada, a bancada evangélica decidiu lançar candidato próprio. A disputa está entre Sandra Faraj (SD) e Rodrigo Delmasso (PTN).
Embora seja — na teoria — da base de apoio de Rodrigo Rolemberg (PSB), Sandra é fortemente ligada à presidente afastada Celina Leão (PPS), ferrenha opositora do governador. Uma eventual vitória da distrital e pastora evangélica não seria bem vista no Buriti.
Costuras políticas
Os evangélicos se reuniram na semana passada para debater a situação. Entre os que discutiram as eleições — que devem ocorrer até 15 de dezembro —, estão Bispo Renato (PR); Julio Cesar (PRB); Delmasso e Sandra. Além desses, Celina Leão, Rafael Prudente (PMDB), Telma Rufino (sem partido) e Cristiano Araújo (PSD) têm a mesma religião. Se todos fecharem em torno de um candidato, o grupo ganha força na votação.
Wasny de Roure (PT) também é evangélico, mas dificilmente apoiará um nome escolhido por esse grupo. A bancada petista — que conta ainda com Chico Vigilante e Ricardo Vale — se reuniu, na última quarta-feira (16/11), com o PMDB e Joe Valle (PDT) a fim de definir um nome para apoiar.
Joe Valle, aliás, é um dos “presidenciáveis”. O Bloco Sustentabilidade, Trabalho e Solidariedade (PDT/PV/Rede) define na próxima quarta-feira (23) se apoiará a candidatura do petebista ou a de professor Israel Batista (PV). “Não chegamos a um consenso, mas vamos tomar a decisão e nos unir em torno de um nome”, disse Reginaldo Veras (PDT), líder do bloco.
Ao menos por ora, os dois pré-candidatos mantêm discurso conciliador. Para Israel, o novo presidente tem que ter credibilidade diante da sociedade. “Será preciso dialogar com o público, ter boa interlocução com o governo e com os deputados, além de ser respeitado”, disse.
Drácon
Joe concorda com o colega. “É importante que o novo presidente tenha a capacidade de dar um novo significado à Câmara, que está com péssima imagem”, ponderou, referindo-se aos desdobramentos da Operação Drácon.
O problema é que, como ambos são da base, caso o Buriti não tenha candidato único, os votos dos aliados correm o risco de ser pulverizados entre a oposição.
Pelo menos nos bastidores, Rollemberg já escolheu o nome a apoiar: Agaciel Maia (PR). Alinhado com o governo desde o princípio desta legislatura, o parlamentar tem sido um fiel escudeiro do GDF em votações de interesse do Executivo.
A reportagem tentou ouvir os deputados Agaciel Maia e Sandra Faraj, mas eles não retornaram os contatos.