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Após prisão, Tadeu Filippelli é exonerado por Michel Temer

Ele é o terceiro assessor do presidente a ser derrubado. Antes dele, José Yunes e Rodrigo Rocha Loures acabaram afetados por denúncias

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1 de 1 filippelli - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ex-vice-governador do DF e atual assessor especial do presidente Michel Temer, Tadeu Filippelli (PMDB), foi exonerado do cargo de assessor especial da Presidência da República nesta terça-feira (23/5), após ser preso pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Panatenaico. A portaria de exoneração foi publicada na edição desta quarta (24) do Diário Oficial da União (DOU).

A demissão foi o primeiro ato do presidente Michel Temer ao chegar ao Palácio do Planalto. Segundo delação de ex-executivos da construtora Andrade Gutierrez, Filippelli teria recebido, entre 2013 e 2014,  propina para o PMDB nas obras do Estádio Mané Garrincha.

Reprodução/DOU

 

Constam ainda em documento da PF, que embasou a prisão de dez pessoas, indícios de que Filippelli teria feito diversos pedidos de propina à empreiteira e que teria cometido os “delitos de corrupção e lavagem de dinheiro, entre outros a serem apurados”.

É questionada ainda a execução do contrato licitatório no qual Andrade Gutierrez e Via Engenharia saíram vencedoras. A Polícia Federal afirma que elas executaram obra hiperfaturada. Orçado em R$ 600 mil, o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha custou cerca de R$ 1,6 bilhão. “Segundo o MPF, com base nos acordos de leniência, Tadeu Filippelli se utilizou para o recebimento do dinheiro de Afrânio Roberto de Souza Filho, seu operador e interlocutor com as construtoras”, diz o documento.

A afirmação de que Afrânio Filho seria o operador de Filippelli está nas delações de Carlos José de Souza e Rodrigo Leite, da Andrade Gutierrez. De acordo com eles, o peemedebista teria recebido da construtora 19 pagamentos de propina, no percentual de 4% de cada medição. “Isso revela indícios de que tenha cometido os delitos de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa”.

Preocupação
A prisão de um novo ocupante do terceiro andar no Palácio do Planalto, com gabinete a poucos metros do presidente Temer, é mais uma grande preocupação para o governo. Esta operação da Polícia Federal atinge o coração do Planalto e também Temer. Assessores avaliam que não há como negar.

Tadeu Filippelli é o terceiro assessor de Temer a ser derrubado. Antes dele, José Yunes e Rodrigo Rocha Loures acabaram afetados por denúncias. Filippelli que, assim como Temer, é do PMDB, na divisão de tarefas, atuava nos bastidores e fazia ponte com empresários e parlamentares, uma vez que foi deputado também.

Também ex-vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli era uma pessoa próxima ao presidente e o acompanhava no Palácio do Planalto desde a vice-presidência. Assim como o deputado Rocha Loures, José Yunes, Gastão Toledo e o ex-deputado Sandro Mabel, todos tinham gabinete no terceiro andar do Planalto.

No Palácio, assessores de Temer tentam explicar que o motivo da prisão de Filippelli tem a ver com atos ocorridos antes dele ter chegado ao Planalto, quando fazia parte do governo do Distrito Federal. (Com informações da Agência Estado)

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