1 de 1 policia militar tiro manifestantes
- Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) divulgou na tarde desta quarta-feira (28/6) detalhes da Operação Manifestação, a ser realizada na sexta (30), durante os protestos convocados por entidades sindicais contra as reformas trabalhista e da Previdência. Em Brasília, os atos serão concentrados na Esplanada dos Ministérios.
Para evitar depredações aos prédios públicos, como as ocorridas na manifestação de 24 de maio, a PMDF aumentou o efetivo. Serão deslocados mais de 2.600 profissionais para a Esplanada. Eles serão divididos em dois turnos de trabalho, a partir das 7h.
Além disso, a corporação solicitou o reforço da Força Nacional, que cuidará exclusivamente das sedes dos ministérios – o pedido, no entanto, ainda precisa ser autorizado pelo Ministério da Justiça. A resposta deve sair de uma reunião marcada para esta quinta (29). Todos os responsáveis pela proteção dos edifícios federais usarão equipamentos de proteção individual (EPI). O kit inclui exoesqueleto, escudo, capacete e cacetete.
“Todos os policiais militares que estiverem nesses locais críticos estarão com o EPI. Para que não seja entendida a necessidade de utilização de arma de fogo, e sim desse equipamento menos letal”, afirmou o coronel Paulo Henrique Tenório, comandante do Policiamento Regional Metropolitano.
O comentário se refere ao fato de que policiais dispararam com munição letal contra os manifestantes durante a manifestação de maio. Um homem foi atingido no maxilar e permaneceu internado por dias no Hospital de Base, em estado grave; outro manifestante perdeu a visão do olho esquerdo ao ser atingido por uma bala de borracha.
Além disso, um jovem teve a mão mutilada ao segurar um artefato – segundo a PM, ele tentava arremessar um rojão contra a tropa; na versão do próprio rapaz, ele tentou lançar para longe da multidão uma bomba jogada pela polícia. Naquela ocasião, 49 pessoas, entre PMs e manifestantes, ficaram feridas. Os três PMs que sacaram suas armas foram afastados das ruas. A Corregedoria da corporação ainda apura o caso.
O comandante-geral da PM, coronel Marcos Antônio Nunes de Oliveira, disse que seus homens agiram “sob limite e com a força necessária”, mas lamentou o ocorrido. “Tivemos, sim, um episódio e já foi instaurado inquérito policial para apurar o caso. Tenho 30 anos de manifestações na Esplanada e nunca tinha visto algo assim. A manifestação foi muito agressiva, mas, mesmo assim, não podemos fazer isso. Todas as circunstâncias precisam ser apuradas”, afirmou. Um mea culpa que não foi repetido durante a coletiva desta quarta.
Veja fotos do protesto #OcupaBrasília, ocorrido em maio:
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Confira momentos marcantes dos protestos de 24 de maio: ministérios protegidos por tapumes foram incendiados
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Vândalos não pouparam os ministérios
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Ministérios incendiados foram evacuados
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Parada de ônibus destruída
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Fachada do Ministério da Cultura
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Rapaz ferido por bala de borracha
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Rapaz com mão machucada após rojão estourar
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Protesto termina em confusão na Esplanada
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Pessoa sendo socorrida na Esplanada
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Manifestantes atacam policiais
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Manifestante fica ferido em confronto na Esplanada
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Protesto na Esplanada termina em confusão
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Manifestantes derrubaram grade colocada pela PM na Esplanada
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Ministério da Cultura depredado
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Biblioteca do Ministério da Cultura
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Banheiros químicos foram transformados em barricadas
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Protesto termina em confusão na Esplanada
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Protesto termina em confusão na Esplanada
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Protesto termina em confusão na Esplanada
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Policiais tentam controlar manifestantes
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Manifestantes gritam palavras de ordem
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Cavalaria da PM foi acionada e entrou em confronto com os manifestantes
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Manifestante preso pelos policiais militares
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Ferido foi atendido pelo Corpo de Bombeiros
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Banheiros químicos serviram de barricada para os manifestantes
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Manifestantes atiraram pedras e pedaços de pau nos policiais
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Ministérios incendiados
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PM e manifestantes em confronto
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PM e manifestantes em confronto
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Manifestação na Esplanada
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Esplanada virou uma praça de guerra
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Manifestantes no gramado da Esplanada
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Protesto na Esplanada
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Policiais reagem
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Fogo tomou conta da Esplanada
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Quebra-quebra
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Policiais se reúnem para contraofensiva
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Policial é ferido
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Banheiros químicos viraram proteção
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Manifestantes colocam fogo nos banheiros químicos
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Policiais lançam bombas de efeito moral
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Confronto na Esplanada
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Ministério da Fazenda foi depredado pelos manifestantes
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Pichação no Museu da República
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Ministérios atacados durante o protesto
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Bombeiros acionados
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Ministério atacado
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Policiais impedem manifestantes de avançarem sobre o Congresso
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Ponto de ônibus destruído
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O Museu da República voltou a ser fechado
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Policiais fazem revista na altura da Catedral
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Manifestantes estão concentrados perto do Mané Garrincha
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Protesto é organizado por centrais sindicais
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Manifestante ferida recebe atendimento
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Com bandeiras, manifestantes estão perto do Mané Garrincha e da Torre de TV
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Camisetas com o rosto de Lula estampado: "O cara está voltando"
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Manifestação contra reformas e o governo Temer
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Ricardo Ferreira (de camiseta preta): "Reformas de um governo golpista"
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Distribuição de água para os manifestantes
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Luciana Genro fala no carro de som
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Material apreendido pela Polícia Militar do DF
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Material apreendido com os manifestantes pela PMDF
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Pelo menos 500 ônibus vieram para Brasília
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Jorge Bastos: "Essa reforma (da Previdência) é nefasta"
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Material apreendido pela PMDF com os manifestantes
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Material apreendido pela PM
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Bloqueio e “pinçamento” contra vândalos
As vias de acesso próximas à Catedral (N1 e S1) vão ganhar linhas de abordagem, com separação por grades, para a revista dos participantes. “Foi o local onde tivemos problemas (em 24/5), quando manifestantes passaram com escudos, pedras e pedaços de pau”, comentou o coronel Tenório.
O planejamento foi feito para evitarmos os problemas que tivemos com a manifestação do dia 24 de maio. Não podemos permitir novas depredações. Nós iremos individualizar eventuais ações e efetuar prisões dos responsáveis
Coronel Paulo Henrique Tenório, comandante do Policiamento Regional Metropolitano
Segundo o militar, os policiais estão orientados a procurar vândalos no meio da multidão. “É o que chamamos de pinçamento. Essas pessoas responderão pelos atos que cometerem”, avisa o coronel. Em 24 de maio, segundo a Polícia Militar, foram feitas oito prisões.
Rodoviários, bancários, professores das escolas públicas e particulares e servidores públicos federais, entre outras categorias, já garantiram adesão à greve geral de sexta-feira e participação dos atos na Esplanada dos Ministérios.