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Placa da ponte Honestino Guimarães é pichada novamente

Pela quarta vez, estrutura com o nome do ex-líder estudantil é alvo de vandalismo

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Ponte Honestino Guimarães no Lago Sul – Brasília(DF), 17/06/2016
1 de 1 Ponte Honestino Guimarães no Lago Sul – Brasília(DF), 17/06/2016 - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Pela quarta vez em oito meses, a placa de acesso à Ponte Honestino Guimarães (sentido L4-Lago Sul) foi alvo de nova polêmica. A homenagem ao ex-presidente da UNE desaparecido durante o regime militar deu lugar a uma pichação com o nome do general que, até agosto do ano passado, constava da sinalização de trânsito: Costa e Silva.

O primeiro incidente envolvendo a placa ocorreu em 3 de outubro do ano passado, quando um grupo se reuniu em frente à ponte em protesto contra a mudança no nome. Os manifestantes levaram faixas, cartazes e chegaram a cobrir a placa da ponte com o nome antigo.

Um mês depois, a placa que identifica a ponte recebeu um adesivo em referência ao seu antigo nome. O último episódio foi registrado em 10 de abril, quando uma mensagem pintada na estrutura pedia a volta do antigo homenageado: “Costa e Silva, o nome é esse”. 

Procurado pela reportagem, o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) informou ter conhecimento do ato de vandalismo e garantiu o envio de uma equipe na próxima semana para verificar o estrago e reparar a estrutura.

Mudança 

Em agosto do ano passado, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) sancionou lei de autoria do deputado distrital Ricardo Vale (PT) que sugeria o fim da homenagem a Costa e Silva. O projeto passou por diversas comissões e, por fim, acabou aprovado em plenário a mudança que prestigia o ex-líder estudantil Honestino Guimarães.

 

Conheça os personagens dessa história

Reprodução internetHonestino Guimarães

* Nasceu em 28 de março de 1947 na pequena Itabiraí (GO)

* Mudou-se para Brasília com a família em 1960

* Em 1965, antes de completar 18 anos, garantiu a primeira colocação no vestibular da Universidade de Brasília

* De 1966 a 1967, foi preso por quatro vezes devido à atuação no movimento estudantil

* Eleito presidente da UNE em 1971

* Integrou Ação Popular Marxista-Leninista

* Desapareceu no Rio de Janeiro em 10 de outubro de 1973, aos 26 anos. A família não soube o que aconteceu com Honestino. O Estado brasileiro já o declarou morto, mas o corpo nunca foi encontrado

Reprodução internetArtur da Costa e Silva

* Nasceu em 3 de outubro de 1889 na cidade gaúcha de Taquari

* Estudou na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais da Armada e na Escola de Estado-Maior do Exército

* Integrou do movimento tenentista em 1922, quando acabou preso e anistiado. Dez anos depois, participou da Revolução Constitucionalista que aconteceu em São Paulo

* Ao lado de Castello Branco, Costa e Silva foi um dos principais articuladores do golpe de 1964, que depôs o presidente João Goulart

* Nomeado para o ministério da Guerra durante a gestão de Castello Branco

* Foi eleito presidente da República em 3 de outubro de 1966. Editou o AI-5, símbolo do momento mais duro dos anos de chumbo no país.

* Morreu no Rio de Janeiro em 17 de dezembro de 1969, aos 80 anos, de trombose cerebral

 

 

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